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Após retratar o desempenho da hotelaria brasileira no primeiro semestre, o estudo Panorama da Hotelaria Brasileira também revelou dados inéditos sobre o desenvolvimento futuro de novos empreendimentos no País. Em outro trecho do mesmo estudo, a HotelInvest, em parceria com o Fohb, mostra a Visão de Futuro para o segmento.

Mais uma vez o recorte leva em conta as 23 das maiores redes hoteleiras que atuam no Brasil e apontou tanto oportunidades quanto barreiras para a expansão do setor.

Apesar do bom desempenho operacional dos hotéis já em funcionamento, os novos investimentos ainda encontram obstáculos importantes, como juros elevados, custos de construção altos e falta de funding. Mesmo assim, a visão geral é otimista: as redes projetam crescimento em número de contratos e mantêm o olhar voltado principalmente para cidades médias, nas quais investidores regionais têm papel de destaque.

Assinatura de novos contratos

Em relação ao movimento de novos contratos, a pesquisa mostra que 2024 já trouxe resultados positivos em comparação com 2023 - e a expectativa para 2025 segue em aceleração.

Analisando esses dados acima, os pesquisadores apontam que a perspectiva iniciada e continuidade este ano é de aceleração, tendo em vista que seis em cada dez redes projetam assinar mais contratos que no ano anterior.

Onde estão as oportunidades

O recorte geográfico mostra que as cidades médias continuam sendo o principal foco de expansão. Os investimentos em novos meios de hospedagem estão distribuídos da seguinte maneira:

• 41% - cidades médias
• 26% - demais capitais
• 22% - Rio de Janeiro e São Paulo
• 11% - cidades terciárias

Para a HotelInvest, a descentralização é clara. As grandes redes priorizam mercados fora dos grandes centros, sustentados por investidores regionais.

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Estrutura de capital para o desenvolvimento

A pesquisa também revelou quais são as principais formas de financiamento dos novos empreendimentos.

Principais dificuldades

Entre os maiores entraves para o desenvolvimento de novos hotéis, a pesquisa ouviu dos desenvolvedores que os maiores obstáculos são:

• Alta taxa de juros - 27%
• Custos de construção elevados - 24%
• Falta de funding - 19%
• Preço e disponibilidade de terrenos - 13%
• RevPAR baixo/insuficiente - 7%
• Baixa rentabilidade dos hotéis - 7%
• Outros - 1%

Os realizadores informam que, mesmo com demanda aquecida, o setor enfrenta um custo de capital elevado e uma construção inflacionada. Esses fatores reduzem a atratividade dos investimentos.

Nova oferta de hotéis

O estoque de novos projetos teve movimentação importante entre 2024 e 2025.

Nesse intervalo:

• 26 projetos foram cancelados ou postergados
• 20 hotéis foram abertos
• 57 novos projetos entraram no radar (48 já estavam no plano anterior, ou seja, já em janeiro de 2024)

Perfil dos novos empreendimentos

A nova oferta de hotéis prevista para os próximos anos concentra-se majoritariamente no interior, que responde por 73% das unidades habitacionais projetadas. As capitais ficam com 24% e as regiões metropolitanas representam apenas 3%.

Quanto ao padrão de produto, predominam os hotéis de categoria midscale e upper-midscale (45%), seguidos pelos econômicos e super econômicos (35%) e, por fim, os empreendimentos upscale e de luxo (20%). No modelo de contratos, observa-se uma transição gradual: enquanto em 2023 a administração representava 57% contra 41% de franquias, em 2025 os dois formatos devem aparecer em equilíbrio (48% cada), com leve avanço dos arrendamentos, que passam de 2% em 2023 para 3% em 2025. Essa evolução reforça a tendência de fortalecimento do modelo de franquias no setor hoteleiro brasileiro.

Modelo de contratos

O mercado mostra a “hora das franquias”, com este modelo ganhando peso frente à administração direta.

O BI interativo com os dados da pesquisa está disponível neste LINK.