Da Redação   |   19/03/2020 18:11   |   Atualizada em 19/03/2020 19:13

April mostra política para agentes e colaboradores na crise

Empresa adota rodízío, garante que não cortará postos de trabalho e estuda novos meios de atendimento

Depois de patrocinar a Florida Cup, em janeiro deste ano, e de projetar um crescimento expressivo em 2020, que incluía não só vendas e faturamento, mas também a expansão de seus escritórios pelo País, a April foi obrigada a mudar todos os seus planos e formas de atuação após a OMS declarar como pandemia o surto de coronavírus que se propagou pelo mundo nos últimos dias.

“Quando participamos do Encontro Braztoa, no Rio, estávamos otimistas ainda, pois encontramos um evento lotado de agentes de viagens interessados em nossos produtos. Até então, eu considerava que era uma epidemia que afetava mais a Europa e a Ásia, e que não chegaria aqui com tanta força”, disse a diretora comercial da April, Claudia Brito. Dos 170 colaboradores que a empresa emprega no Brasil, 72 estão sob sua liderança.


Divulgação
Claudia Brito, diretora comercial da April
Claudia Brito, diretora comercial da April

Após a propagação do surto e a chegada do vírus ao Brasil, a April se viu diante de cancelamentos. A saída encontrada pela empresa, com o objetivo de minimizar mais prejuízos a passageiros e agências, foi o de deixar os valores já pagos como crédito pelos próximos 24 meses. “O crédito estará veiculado ao CPF do cliente e ao CNPJ da agência. Ou seja, ele só poderá reemitir o voucher na agência em que ele comprou”, explicou a diretora.

Segundo ela, não há mudanças previstas em produtos ou serviços em consequência da pandemia de coronavírus. O que mudou, ainda nas palavras da executiva, foi a forma com que a empresa passou a atuar nestes últimos dias. “Estamos enviando e-mail marketing e publicando conteúdos especiais em nossas redes sociais. Nestes conteúdos, abordamos as últimas notícias sobre o coronavírus, formas de prevenção e outras dicas."

EMPREGOS GARANTIDOS
Se algumas empresas já anunciaram cortes ou programas de demissão voluntária, este não é o caso da April, que descarta qualquer possibilidadade da redução da força de trabalho. “Como prestadores de serviços e com funcionamento 24 horas por dia, seja para atendimentos de viajantes no Brasil ou no Exterior, não podemos fazer home office, exceto em caso de determinação governamental”, explicou a diretora comercial.

No entanto, a April adotou um rodízio de trabalho especial para os colaboradores e liberou o uso do estacionamento da empresa e a utilização de táxis para aqueles que não possuem veículos próprios. “Nesse momento, a segurança e o bem estar dos nossos funcionários são as coisas mais importantes para nós”.

A equipe comercial da empresa cessou as visitas às agências. Mas o atendimento não parou. Ainda de acordo com Claudia, todas as agências de viagens estão sendo atendidas normalmente via telefone ou whatsapp. “Não estamos tirando esses dias para ficar em casa. Além de prosseguir com o atendimento de qualidade, estamos aproveitando para pensar em novas estratégias e novos meios de impactar melhor o agente de viagens.”

“Ainda é muito cedo falar das perspectivas para o segundo semestre. Na minha opinião, acredito que a parte mais difícil de tudo isso dure até maio, e que depois a gente vai conseguir respirar e trabalhar para recuperar o tempo perdido”, afirmou Claudia.

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