Rodrigo Vieira   |   14/02/2022 10:18   |   Atualizada em 18/10/2022 13:01

As estratégias da BRT rumo ao (adiado) bilhão

Crescimento em vendas no produto terrestre e conquista de novas agências regionais justificam a retomada


PANROTAS / Emerson Souza
Marco Aurélio Di Ruzze, vice-presidente do Grupo BRT
Marco Aurélio Di Ruzze, vice-presidente do Grupo BRT

O Grupo BRT volta a colocar em seu radar a mesma meta definida no período pré-pandemia. A empresa de matriz em Curitiba e com escritórios espalhados em todas as regiões do País pretende superar R$ 1 bilhão em vendas em 2022, plano esse mirado no começo de 2020, até a covid-19 se tornar uma crise global.

Mais de 50 vagas de emprego foram anunciadas pela empresa para que, com estrutura reforçada, a meta seja alcançada. Parte delas para preencher os 30% que tiveram de ser desligados em função da pandemia. Os 13 escritórios regionais da companhia, além da nova base que está sendo criada em Brasília para atender Centro-Oeste e Norte, terão caras novas.

"Sem as pessoas não somos nada", justifica o vice-presidente da empresa, Marco Aurélio Di Ruzze. "O que chamamos de 'memória comercial' de um atendimento humanizado é fundamental para a empresa chegar aonde chegou nesses 44 anos e foi isso que nos manteve em pé nesta crise."

Questionado sobre o que o faz acreditar em retomar os patamares de venda pré-crise, Di Ruzze afirma que a meta está mais ligada a um ganho de market share da BRT do que propriamente com perspectivas de que o mercado de Turismo vá reaquecer de forma substancial.

"A BRT tem um conjunto de soluções de tecnologia, sistemas e versatilidade, além de ter capacidade de atender agentes de viagens de todo o Brasil, com executivos de todos os sotaques. Nosso diferencial é esse, muito mais do que uma questão de vislumbrar um crescimento das viagens no País já em 2022. É óbvio que a vacinação e o enfraquecimento da pandemia estão fazendo a curva da retomada crescer, mas os nossos ganhos estão muito mais ligados às novas agências que estamos conquistando com os nossos diferenciais”, aponta o executivo.

“De pequena em pequena agência estamos evoluindo expressivamente. Nossa meta até o fim do ano é de aumentar em 50% o volume de agências atendidas, ainda que o R$ 1 bilhão consiga ser alcançado com as agências que já atendemos hoje. Estamos conquistando novas agências todos os dias, com uma frequência de prospecção extremamente positiva, graças aos nossos esforços para que o atendimento não se torne um gargalo", completa.

E é o lazer doméstico que está se sobressaindo no desempenho de vendas da BRT neste período. Na análise de Di Ruzze, o corporativo ainda está tímido e só deve voltar a ter um volume considerável no mercado brasileiro em 2023. Ainda assim, é na consolidação que está a fatia mais considerável do grupo, com três vezes mais clientes do que a operadora. "Nós temos uma tradição importante na parte terrestre da consolidação. Nossa parte de hotelaria no sistema da BRT Consolidadora é bem procurada. Em dezembro de 2021 registramos um crescimento de 200% no terrestre na comparação com dezembro de 2019", conclui o VP.

Na operadora, a aposta do ano será a reformulação do sistema. "O Portal da BRT Operadora realizará integrações importantes entre os segmentos de consolidação e operação, facilitando a vida do agente de viagens de forma significativa", afirma ele, que também é diretor da Regional Sul da Braztoa.

"Inteligência artificial e machine learning estão sendo aplicadas nesta nova plataforma, sem dispensar nosso time de profissionais especialistas na consultoria de viagens. Estamos aperfeiçoando o modelo híbrido (portal com venda assistida) e, por isso, abrimos, inicialmente, 20 vagas para consultores de operação em todo o Brasil. A empresa ainda está estruturando uma área de customer success e inside sales, como forma de aproximação mais efetiva dos agentes de viagens”, completa Di Ruzze.

Este é um dos destaques da Revista PANROTAS desta semana, que você pode ler na edição digital:


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