Filip Calixto   |   03/09/2025 11:19
Atualizada em 03/09/2025 11:22

Fórum Clia 2025 abre debates sobre desafios e oportunidades da indústria de cruzeiros

Encontro reúne líderes do setor em Brasília para discutir competitividade e futuro da atividade no País

PANROTAS / Filip Calixto
Marco Ferraz, da Clia Brasil, Bud Darr, da Clia Global, e Niels Wammen-Jensen, vice-presidente global da Clia
Marco Ferraz, da Clia Brasil, Bud Darr, da Clia Global, e Niels Wammen-Jensen, vice-presidente global da Clia

BRASÍLIA (DF) - O setor de cruzeiros iniciou nesta terça-feira (3) mais uma etapa de debates sobre o presente e o futuro da atividade no Brasil. Autoridades, executivos e representantes de entidades se reuniram para discutir caminhos que garantam competitividade ao País e ampliem o potencial de crescimento dessa indústria que já movimenta bilhões e gera milhares de empregos.

O encontro acontece em Brasília, na sede da Confederação Nacional de Municípios (CNM), durante o 7º Fórum Clia Brasil, que marca o lançamento dos dados oficiais da temporada 2024/2025 e consolida-se como o principal espaço de diálogo entre setor público e privado.

Marco Ferraz: impacto e desafios à frente

Na abertura, Marco Ferraz, presidente da Clia Brasil, ressaltou a relevância do setor para a economia nacional e chamou atenção para os efeitos que a redução de navios trará à próxima temporada. Ele destacou a necessidade de fortalecer a competitividade do país para evitar perdas de impacto econômico e empregos, além de ampliar a presença de navios internacionais que hoje passam pela costa sem escalas.

Ferraz também reforçou a importância da união entre empresas, governo e comunidades locais. “Temos aliados importantes e contamos com todos para reverter esse cenário. O que mais importa é o que faremos a partir do que estamos discutindo aqui”, afirmou.

Bud Darr: Brasil no radar global

Charles Bud Darr, presidente e CEO da Clia Global, deu ênfase ao crescimento da indústria de cruzeiros no mundo e ao potencial do mercado brasileiro. Ele lembrou que 96% dos viajantes no País desejam repetir a experiência, sinalizando alta demanda, mas alertou para a necessidade de criar um ambiente competitivo.

Segundo o executivo, custos portuários elevados e regulações pouco adequadas podem afastar navios para destinos concorrentes, como Caribe, Mediterrâneo e Alasca. “Há um enorme potencial de crescimento no país, mas ele só será plenamente realizado se mantivermos parcerias sólidas com governo, comunidades locais e toda a cadeia do setor”, disse.

União entre setor público e privado

Os demais executivos também reforçaram o tom de cooperação. Dario Rustico, presidente da Costa Cruzeiros para as Américas e novo presidente do Conselho da Clia Brasil, defendeu previsibilidade regulatória, redução de custos operacionais e melhorias de infraestrutura portuária. "O setor de cruzeiros é uma alavanca econômica poderosa e precisamos caminhar lado a lado com o poder público", ressaltou.

Governo e entidades parceiras

A secretária-executiva do Ministério do Turismo, Ana Carla Lopes, celebrou o crescimento do Turismo nacional e internacional no Brasil e destacou a criação de um grupo de trabalho interministerial para apoiar o setor de cruzeiros. Já Ana Carolina Medeiros, presidente da Abav Nacional, lembrou o papel estratégico dos agentes de viagem na venda do produto cruzeiro e reforçou a parceria da entidade na expansão do setor.

Veja primeiras fotos do evento em Brasília


Quer receber notícias como essa, além das mais lidas da semana e a Revista PANROTAS gratuitamente?
Entre em nosso grupo de WhatsApp.

Tópicos relacionados