Leonardo Ramos   |   08/06/2018 14:52

PE cogita interdição de praias após ataques de tubarões; governo nega

Ataques de tubarão podem levar praias do Pernambuco a serem interditadas em alguns trechos

Wikicommons/Rafa Tecchio
Últimos dois ataques foram no município de Jaboatão dos Guararapes, vizinha de Recife
Últimos dois ataques foram no município de Jaboatão dos Guararapes, vizinha de Recife

Foram dois ataques em menos de dois meses. Um homem de 34 anos, em 15 de abril, sofreu o primeiro deles, e perdeu a perna e a mão direita. O mais recente foi neste domingo (3): o jovem José Ernesto Ferreira da Silva, de 18 anos, levou uma mordida na perna e não resistiu aos ferimentos, o que fez dele a 25º vítima fatal de tubarões na costa do Estado, segundo matéria divulgada pelo Uol.

De acordo com a reportagem, os recentes casos teriam feito o Comitê Estadual de Monitoramento de Incidentes com Tubarões (Cemit), entidade governamental que notifica casos de ataques desde 1992, debater a possibilidade de uma interdição temporária nas praias com maior risco de acidentes do tipo.

Um protocolo entregue em maio ao Cemit e elaborado por pesquisadores, que propõe o fechamento de alguns trechos da costa, teria sido discutido nesta terça (5) em reunião no órgão, onde foi decidido que bombeiros serão incumbidos de estudar a viabilidade da proposta.

Para o especialista Jonas Rodrigues, membro do Cemit e pesquisador da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) e não se trata de um fechamento da praia, mas de uma "interdição temporária", e apenas em momentos em que houver maiores sinais de probabilidade de incidentes com tubarões. Os fatores de risco citados seriam épocas de chuva e vento forte, água turva, maré alta e a inexistência de arrecifes - ou seja, praias de mar aberto.

As interdições seriam encerradas apenas quando autoridades decidissem que o local já está seguro para banho novamente - o que pode levar até dias, de acordo com Rodrigues.

Ainda de acordo com a reportagem, o Ministério Público de Pernambuco (MP-PE) e o promotor da Defesa do Meio Ambiente e Patrimônio Histórico-Cultural, Ricardo Coelho, também estariam preparando uma ação que prevê recomendações de segurança em praia sob risco de ataques.

Entre elas estaria proibir banho em alguns locais, permitindo que guarda-vidas exerçam poder de polícia (incluindo prender pessoas) para evitar a entrada de banhistas no mar em locais considerados de risco.

CEMIT NEGA
A PANROTAS entrou em contato com o presidente do Cemit, coronel Leodilson Bastos. Ele negou que órgão esteja estudando essa possibilidade. "Se alguém estiver debatendo isso são os bombeiros, mas aqui não estamos debatendo o fechamento de praia alguma", revelou Bastos.


*Fonte: Uol

conteúdo original: https://bit.ly/2JneOIz

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