Da Redação   |   19/02/2021 16:41

Covid-19: regiões de alto risco diminuem, mas Rio mantém restrições

A prefeitura manteve as restrições por causa do surgimento de variantes do novo coronavírus na capital

DA AGÊNCIA BRASIL

Pela quinta semana consecutiva, o município do Rio de Janeiro tem seis regiões administrativas em risco alto, ou seja, na cor laranja. Boletim Epidemiológico divulgado nesta sexta-feira (19) pela prefeitura informa que Copacabana, Lagoa e Rocinha, na zona sul, Tijuca e Vila Isabel, na zona norte, e Barra da Tijuca, na zona oeste, estão em nível elevado.
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A prefeitura manteve as restrições por causa do surgimento de variantes do novo coronavírus na capital
A prefeitura manteve as restrições por causa do surgimento de variantes do novo coronavírus na capital
A edição anterior do boletim destacava que toda a cidade estava em situação de alto risco para covid-19 havia quatro semanas seguidas. Na edição de hoje, verifica-se recuo no número das regiões administrativas em laranja e a passagem de 27 áreas para risco moderado, na cor amarela. Apesar da mudança, a prefeitura manteve as restrições com avaliação de risco elevado por causa do surgimento de variantes do novo coronavírus na capital.

O prefeito do Rio, Eduardo Paes, destacou que as seis regiões em laranja estão na área da cidade em que, supostamente, vive a população de maior poder aquisitivo e considerou inadmissível que as condições sejam piores onde há pessoas que não precisam enfrentar transporte público lotado para ir trabalhar e podem fazer home office, sem correr maiores riscos ao sair de casa.

O prefeito afirmou que a fiscalização permanece intensa em todas as áreas da cidade. “Vamos agir com muito rigor. Fizemos muitas fiscalizações ao longo deste carnaval, e foi ridículo o que vimos nas festas clandestinas, com pessoas passando de uma casa para outra.”

LOCKDOWN
Paes reiterou que não pretende adotar lockdown (bloqueio), mas disse que isso pode mudar se a situação se agravar, e as autoridades sanitárias sugerirem mais restrições, caso aumente o número de casos decorrentes das aglomerações do carnaval e também da evolução da nova cepa na cidade.

Se as aglomerações continuarem nas áreas que hoje estão em alto risco, elas terão regras diferentes das do resto da cidade. “Se continuar essa onda nas áreas mais nobres da cidade, ali serão impostas medidas mais restritivas a partir da próxima semana. A regra para o restaurante da zona norte vai ser mais flexível do que a que valerá para o restaurante da Barra, do Recreio ou da zona sul. A regra para um bar ou um shopping da zona norte será menos restritiva do que a que vai valer para um shopping na Barra da Tijuca, se é que a gente não vai ter que fechar para que as pessoas tenham que aprender a fórceps”, concluiu.

VARIANTES
O secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, disse que os casos das novas variantes do SARS- CoV- 2 registrados na cidade são de moradores do Rio de Janeiro mesmo, o que significa que a nova cepa está circulando na cidade.

O superintendente de Vigilância em Saúde da SMS, Márcio Garcia, informou que três casos de moradores da cidade identificados com a nova cepa são leves e já foram curados. “Os três não tinham histórico de viagem que pudesse explicar uma infecção em outro local. Todos estão curados e estão bem. Não têm nenhuma situação mais grave, nem consequência da infecção. Concluímos que esses casos foram de transmissão na cidade do Rio de Janeiro.”

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