Victor Fernandes   |   18/04/2024 10:31
Atualizada em 18/04/2024 10:33

Rejeição do visto americano para brasileiros é a menor em 9 anos

Em 2023, apenas 11,9% dos pedidos de B1/B2 foram recusados pelos EUA; média global é de 29,6%


Divulgação
Brasil teve a 50ª menor taxa de rejeição de um total de 199 países
Brasil teve a 50ª menor taxa de rejeição de um total de 199 países

Em 2023, os EUA recusaram 11,9% das solicitações de visto de Turismo realizadas por brasileiros. Trata-se de uma queda em relação aos 14,5% observados em 2022 e da menor taxa de rejeição dos últimos nove anos. Contudo, ainda está abaixo dos patamares mínimos históricos registrados no início da década de 2010.

Os dados – que fazem parte de um levantamento da Viva América, assessoria imigratória especializada em vistos e serviços para quem quer viajar, estudar e trabalhar nos EUA – mostram ainda que o Brasil teve a 50ª menor taxa de rejeição de um total de 199 países.

O Brasil ficou à frente de nações como Grã-Bretanha (14,6% dos vistos negados), Nova Zelândia (13,2%), Austrália (16,7%), Chile (16,2%), China (26,6%), Canadá (52,4%) e Vaticano (14,2%).

“Desde a pandemia, a procura pelo visto americano de Turismo, conhecido como B1/B2, disparou entre os brasileiros, fazendo inclusive com que o tempo de espera para a obtenção do documento atingisse filas recordes no ano passado. Por outro lado, justamente em razão desse fenômeno, nunca se falou tanto sobre como tirar o visto – e isso acabou ajudando as pessoas a melhor entenderem o processo de emissão e, portanto, a terem maiores chances de aprovação”.

Rodrigo Costa, CEO da Viva América

De acordo com o executivo, que mora há mais dez anos nos EUA, as medidas adotadas pela Embaixada americana no Brasil de aumentar a capacidade de atendimento das seções consulares, com o objetivo de dar conta da alta demanda pelo documento entre os brasileiros no período pós-pandemia, podem também ter resultado em uma maior disposição dos agentes em buscar a aprovação dos candidatos.

“É a diferença entre olhar o copo meio cheio ou meio vazio. Quem já passou pelo processo de pedido do visto B1/B2 sabe que, em alguns casos, a boa vontade do oficial consular conta muito. Mas, em geral, eles sempre querem aprovar a solicitação, querem que o turista vá para os EUA. E realmente tem havido muita boa vontade neste sentido nos últimos tempos”, diz Costa.

Dados do Escritório Nacional de Viagem e Turismo dos EUA (NTTO) mostram que o Brasil foi o sétimo país que mais enviou viajantes aos destinos americanos em 2022. Além disso, os brasileiros são a sexta nacionalidade que mais gasta em viagens aos EUA (US$ 6,6 bilhões), representando ainda o quarto maior superávit da balança comercial turística do país.

Ainda de acordo com o levantamento da Viva América, os três países com a maior taxa de rejeição do visto americano de turismo em 2023 foram Micronésia, Coreia do Norte e Palau, todos com 100% de pedidos negados. Libéria (78,1%) e Mauritânia (76,4%) completam a lista dos “patinhos feios”.

Na outra ponta do ranking, Mônaco e Liechtenstein tiveram 0% de rejeição, seguidos por Catar (2,5%), Uruguai (3,2%) e Israel (3,3%). A média global de rejeição em 29,6%.


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