Karina Cedeño   |   07/05/2025 10:19

Viajantes canadenses estão escolhendo o México em vez dos EUA, diz OTA

Segundo OTA Booking Holdings, estadunidenses também estão se tornando mais cautelosos com seus gastos


Unsplash/Jorge Aguilar
México se tornou a preferência dos viajantes canadenses no primeiro trimestre deste ano
México se tornou a preferência dos viajantes canadenses no primeiro trimestre deste ano

A empresa Booking Holdings relatou que canadenses e, em menor grau, europeus deixaram de viajar para os Estados Unidos no primeiro trimestre deste ano, fato similar ao que a U.S. Travel Association já havia constatado. As informações são do site Travel Weekly.

O CFO da Booking Holdings, Ewout Steenbergen, disse durante a teleconferência de resultados do primeiro trimestre da empresa, em 29 de abril, que os canadenses estão viajando principalmente para o México em vez dos EUA, e os europeus estão viajando para o Canadá, Ásia e destinos na Europa.

"Para nós, não importa para onde eles estão viajando, porque geralmente gastam o mesmo valor, apenas em outro destino”, destaca Steenbergen, que relatou uma "demanda muito estável" globalmente de janeiro a março, sem impacto econômico nos negócios da Booking Holdings.

Sinais de contenção de gastos dos viajantes nos EUA

Nos EUA, no entanto, a OTA está vendo sinais de contenção de gastos. Globalmente, a Booking registrou um aumento ano a ano na duração da estada, de acordo com Steenbergen, mas a duração da estada para viajantes dos EUA diminuiu. Isso pode ser um indicador de que os americanos "estão se tornando mais cautelosos com seus gastos".

Além disso, o CFO disse que os hotéis de luxo e de alto padrão nos EUA estão mostrando mais resiliência do que os hotéis de categoria média e econômica no primeiro trimestre. Essa dinâmica foi exclusiva dos EUA.

O CEO Glenn Fogel está confiante na capacidade da Booking Holdings de superar quaisquer recessões nas viagens. "Embora estejamos encorajados pelos resultados do primeiro trimestre e pela relativa estabilidade das tendências que observamos até agora no segundo trimestre, reconhecemos plenamente a atual incerteza geopolítica e macroeconômica, e as preocupações sobre a força da demanda do consumidor", afirma Fogel.

A propósito, a Booking Holdings registrou 319 milhões de room nights no primeiro trimestre, um aumento de cerca de 7% ano a ano. A receita no primeiro trimestre aumentou 8%, para US$ 4,8 bilhões, e o EBITDA ajustado cresceu 21%, para US$ 1,1 bilhão. Ambas as métricas superaram o limite superior da previsão anterior da Booking Holdings, disse Fogel.

Quer receber notícias como essa, além das mais lidas da semana e a Revista PANROTAS gratuitamente?
Entre em nosso grupo de WhatsApp.

Tópicos relacionados