América Latina e Caribe formam bloco para segmento LGBT

As principais câmaras de comércio e associações LGBT da América Latina e Caribe uniram forças e acabam de anunciar a formação da União Latino-americana de Economia Diversa (Uled). O objetivo é estabelecer um marco regulatório dos mecanismos de cooperação e intercâmbio, desenvolvendo estratégias que promovam a inclusão e incentivem a diversidade na economia dos países deste bloco regional.

Representantes do Brasil, Colômbia, México, Paraguai, República Dominicana e Uruguai já assinaram o documento de criação da entidade, mas o grupo crescerá em breve, com novos países. A cerimônia aconteceu na Sala Reinaldo Gargano, do Ministério das Relações Exteriores do Uruguai, em Montevidéu, na última sexta-feira (14).

“Vamos criar uma ciranda de entidades LGBT para que cada uma possa impulsionar a outra. Dessa maneira, os associados vão desenvolver o mercado no bloco, trabalhando juntos e se fortalecendo pela troca de expertise. Assim, conseguiremos de maneira mais rápida o fomento de negócios para as entidades e associados”, afirma o presidente da Câmara de Comércio e Turismo LGBT do Brasil, Ricardo Gomes, ao Portal PANROTAS.

O trabalho conjunto envolve o desenvolvimento e promoção de destinos turísticos, criação de espaços livres de discriminação, empregabilidade e internacionalização de benefícios das afiliadas. Haverá também pesquisa e criação de suprimentos que permitam conhecer as realidades locais.

AGENDA
A Uled terá sua primeira reunião no dia 31 de outubro em Bogotá, antes do evento We Trade, promovido pela Câmara de Comerciantes LGBT da Colômbia. Na ocasião, será assinado o acordo de cooperação entre as câmaras colombiana e brasileira – que também assinou, recentemente, um acordo do mesmo tipo com a Câmara do Chile.

Em 2019, a primeira reunião está agendada para 6 de maio, coincidindo com a abertura da 3ª Conferência Internacional da Diversidade e Turismo LGBT, onde marcarão presença todos os presidentes das entidades signatárias. "Se juntarmos o grupo inteiro, temos um extrato de empresas poderosas", ressalta Gomes.