Vinicius Novaes   |   28/10/2020 11:01
Atualizada em 28/10/2020 11:14

Consumidor muda padrões na pandemia; Turismo com alto impacto

Pesquisa foi realizada pela FecomercioSP


Marcelo Camargo/ Agência Brasil
Pesquisa realizada pela FecomercioSP com 400 brasileiros revelou que sete em cada dez (72%) mudaram os padrões de consumo no período de pandemia. Os setores mais impactados foram de roupas e calçados (42% dos entrevistados reduziram o consumo destes itens), viagens a turismo (30%) e atividades físicas (27%).

A maioria (54%) daqueles que cortaram gastos aponta que o fizeram porque tiveram diminuição na renda. De acordo com a entidade, além de variáveis estruturais, como o crescimento da taxa de desemprego durante a crise sanitária (13,8% no segundo trimestre, segundo o IBGE) e a alta da inflação, o próprio isolamento social decretado pelos governos estaduais no período explica a capilaridade do impacto no consumo: em casa, as pessoas demandaram mais artigos domésticos e itens que lhes permitissem estabelecer rotinas na quarentena. Da mesma forma, passaram a comprar mais pela internet.

Isso se revela, por exemplo, no fato de que sete em cada dez pessoas (72%) estão cozinhando mais em casa do que antes da pandemia, enquanto 42% delas disseram que, agora, praticam mais atividades físicas no ambiente doméstico. Houve ainda um aumento de 14% nas compras de itens de construção ou decoração.

E-COMMERCE
Apontado como a principal alternativa para manter o ritmo do mercado, o e-commerce se expandiu em meio à crise do coronavírus, mas não deve necessariamente manter o crescimento no cenário pós-pandêmico.

Segundo o estudo, 46% dos brasileiros aumentaram, de alguma forma, o consumo on-line – uma tendência que, aliás, atravessou os estratos de renda: enquanto 41% das pessoas que recebem até um salário mínimo por mês compraram um pouco mais pela internet do que antes da crise sanitária, este número foi de 39% entre os que ganham acima de dez salários mínimos.

No ambiente de crescimento da demanda, o setor de serviços saiu na frente: 56% dos consumidores admitem ter pedido mais comida por aplicativos na quarentena, enquanto 37% adquiriram algum tipo de curso a distância.

No entanto, a pesquisa também apresenta um alerta aos empresários que apostaram nas vendas online: quando questionadas sobre como pretendem consumir na internet depois que o isolamento social acabar, a maior parte das pessoas (47%) responde que pretende voltar ao patamar pré-crise.

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