Pronampe entra em terceira fase e pode ser programa permanente
Governo Federal avalia parmanecer com o programa que já liberou R$ 32 bilhões em crédito
De acordo com o secretário, nessa nova etapa o programa passará por algumas mudanças. Entre elas, a taxa de alavancagem será de quatro vezes e a perda a ser coberta pelo governo será de 25%, em lugar dos 85% da carteira praticados atualmente. A taxa de juros também deve ser mais elevada, segundo Costa, mas não deve ser superior a um dígito (atualmente, a taxa é a Selic mais 1,25% ao ano).

MELHORA NO CENÁRIO
O presidente do Sebrae, Carlos Melles, avaliou positivamente a possibilidade. Segundo ele, o Pronampe foi fundamental para ajudar os pequenos negócios a superarem esse momento de crise provocado pela pandemia.
Melles citou dados de uma série de pesquisas que vêm sendo feitas pelo Sebrae desde o mês de março e que mostra uma melhora consistente no acesso ao crédito pelas micro e pequenas empresas. Segundo ele, em abril apenas 11% das empresas que buscavam crédito tinham o pedido atendido. Já no último levantamento, feito entre a última semana de setembro e a primeira semana de outubro, o percentual de sucesso na busca por empréstimos no sistema financeiro subiu para 31%.
“Essa evolução é resultado das várias medidas adotadas pelo governo, em especial o lançamento do Pronampe. O crédito é muito importante para o capital de giro. Nesse momento de retomada, em que o empresário precisa comprar mercadorias, pagar impostos e fornecedores, dar conta da folha de pagamento, entre outros compromissos, o crédito é um oxigênio fundamental. Até porque, o faturamento foi muito atingido nos primeiros meses da pandemia”, complementa Melles.
SISTEMA DE GARANTIAS
A subsecretária de Desenvolvimento das Micro e Pequenas Empresas, Empreendedorismo e Artesanato, Antonia Tallarida, comentou que o governo pretende editar, até o final deste mês, um decreto regulamentando o Sistema Nacional de Garantias de Crédito, criado em 2011. Segundo Antonia, o projeto está sendo elaborado em parceria com o Banco Central e tem o apoio da Corporación Andina de Fomento (CAF). Já existe uma minuta de texto em análise pela Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional.
De acordo com a Lei Complementar 123 (de 2011), que criou o Sistema Nacional de Garantias, o sistema tem o objetivo de “facilitar o acesso das microempresas e empresas de pequeno porte a crédito e demais serviços das instituições financeiras, o qual, na forma de regulamento, proporcionará a elas tratamento diferenciado, favorecido e simplificado, sem prejuízo de atendimento a outros públicos-alvo”.