A Organização Mundial do Turismo (OMT, ou UNWTO em inglês) aplaudiu a declaração da Organização Mundial da Saúde para que as nações relaxem ou eliminem as restrições de viagens, pois não são eficazes para o combate à pandemia (evitar a entrada do vírus em um país é missão impossível) e ainda pressionam negativamente as economias desses países.

A OMS recomenda que as viagens não sejam proibidas, mas que cada país adote, baseados em seus estudos de risco e casos, os protocolos e exigências necessárias, como uso de máscara, certificado de vacinação (mas não apenas ele, pois há países e pessoas sem acesso a vacinas), testagem, quarentena, entre outros.

A OMT critica a adoção de restrições genéricas para viagens (do tipo: ninguém entra no país), como ainda ocorrem em países asiáticos e até europeus, como a Itália, fechada para o Turismo desde 2020. Essas medidas causam prejuízo econômico e social e podem também, segundo a OMS, desencorajar uma comunicação transparente e rápida dos casos e de novas variantes. Colocar esse peso econômico sobre os viajantes internacionais é injusto e ineficaz contra o combate à transmissão da covid-19, alerta a OMS.

O secretário geral da OMT, Zurab Pololikashvili, disse, em comunicado à imprensa, “que as restrições genéricas às viagens não combatem a disseminação do vírus”. “Na verdade, ao cortar a cadeia do Turismo, essas restrições causam mais mal que bem, especialmente em destinos que dependem dos turistas internacionais para a geração de empresas, bem estar econômico e mudanças sustentáveis.”

“É imperativo que recomecemos o Turismo e assim iniciar a recuperação e voltar ao caminho para atingir as metas de sustentabilidade, respondendo às demandas urgentes do clima”, continuou o secretário da OMT. “A Organização Mundial do Turismo aplaude a nova recomendação da OMS (para a não restrição das viagens internacionais), destacando a ineficiência das restrições generalistas de viagens e também reforçamos as recomendações de usar apenas a vacinação como condição de entrada, especialmente com taxas de vacinação tão desiguais ao redor do mundo.”