Beatrice Teizen   |   14/03/2023 13:24

FecomercioRJ diz que volta da exigência de visto "é um retrocesso"

Federação faz coro a outras entidades, como Abav Nacional, Abeoc Brasil, ABIH e FBHA

Divulgação
Federação faz coro a outras entidades, como Abav Nacional, Abeoc Brasil, ABIH e FBHA
Federação faz coro a outras entidades, como Abav Nacional, Abeoc Brasil, ABIH e FBHA
Após diversas entidades e lideranças, como Abav Nacional, Abeoc Brasil, ABIH, FecomercioSP, FBHA e HotéisRio, manifestarem-se contra o retorno da exigência de visto para cidadãos dos EUA, Canadá, Japão e Austrália, a FecomercioRJ critica o retorno também e o considera um retrocesso.

Veja abaixo o comunicado da federação.

“Revogar uma medida que sequer foi efetivamente experimentada constitui-se num contrassenso. A exigência do visto para estrangeiros é na prática um retrocesso que vai prejudicar nossa economia”, adverte o presidente da Fecomércio RJ, Antonio Florencio de Queiroz Junior, que vem acompanhando com apreensão as notícias sobre o tema. “Além de dois anos em profundo refluxo do turismo em nível mundial, o Brasil não investiu na divulgação deste benefício aos cidadãos e operadores de viagens destes respectivos países, assim como não empreendeu investimentos na promoção de nossos atrativos turísticos nos principais mercados emissores de turistas no mundo”, ressalta o líder empresarial.

A decisão impacta o setor de turismo nacional exatamente no momento em que o trade turístico retoma as atividades no receptivo internacional. E, certamente, vai atrapalhar a expansão do fluxo aéreo destes mercados para o Brasil.

Os quatro países afetados pela medida respondiam, até a pandemia, por mais de 800 mil turistas entrando no Brasil anualmente.

Para o Rio de Janeiro, um dos grandes destinos turísticos do mundo, a medida traz um prejuízo em especial: cerca de 34% dos turistas estrangeiros visitam a nossa capital, sendo que boa parte desse fluxo se estende também às principais cidades turísticas do estado, como Paraty, Búzios e Petrópolis.

Entre o simbolismo de uma suposta soberania nacional ou o entendimento das questões de um setor produtivo que representa cerca de 10% dos empregos gerados em nosso país, o Itamaraty infelizmente optou pelo caminho de uma decisão equivocada, distante da economia real do Brasil, e que terá como efeito prático prejudicar a população brasileira e os estados cuja economia está diretamente atrelada ao turismo.

Reivindicamos, portanto, que o Itamaraty reveja essa proposta que, a rigor, atrapalha o desenvolvimento do turismo brasileiro."

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