Filip Calixto   |   18/10/2023 15:52
Atualizada em 18/10/2023 15:53

Turismo do Rio de Janeiro faz apelo ao Governo Federal por mais segurança

Secretário-executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública recebeu representantes do trade carioca


Divulgação/HotéisRio
O secretário-executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Garcia Cappelli, ouviu representantes do trade carioca, entre eles Alfredo Lopes, presidente do HotéisRio
O secretário-executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Garcia Cappelli, ouviu representantes do trade carioca, entre eles Alfredo Lopes, presidente do HotéisRio

Empresários cariocas do setor de Turismo se reuniram ontem (17) com o secretário-executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Garcia Cappelli, para debater ações de segurança para o Rio de Janeiro. O encontro, no hotel Belmond Copacabana Palace, contou com a presença de diversos representantes da hotelaria, restaurantes, bares e quiosques da orla. Os empresários solicitaram investimentos nas forças de segurança, integração entre estas, aumento da capacidade de inteligência e ações de comunicação para comunicar que o Rio de Janeiro está mudando.

O presidente do HotéisRio, Alfredo Lopes, ressaltou os impactos que problemas como arrastões nas praias e o crime que vitimou os médicos na Barra provocam no Turismo. "Somos um setor econômico que gera milhares de empregos e arrecada muitos impostos. No entanto, sem segurança nossos negócios não podem prosperar. Os restaurantes têm fechado mais cedo porque as pessoas estão evitando ficar até tarde na rua. Precisamos de ações concretas da parte do Governo Federal para que nosso segmento possa continuar contribuindo para o desenvolvimento econômico da sociedade", disse.

Para o secretário-executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Garcia Cappelli, o que acontece no Rio de Janeiro repercute nacional e internacionalmente, não apenas no aspecto de imagem, mas também de forma objetiva. "O crime hoje é transnacional. Uma das duas maiores organizações criminosas do País atualmente é baseada aqui no Rio e tem ramificações em diversos Estados. Estamos trabalhando com ações de inteligência para combater o crime organizado, agindo em parceria com o COAF e com a Receita Federal para descapitalizá-los. No ano passado, foram bloqueados R$ 300 milhões de organizações criminosas; só este ano já foram quase R$ 3 bilhões".

Capelli abordou também as conversas com as Forças Armadas, em especial a Marinha, para que ajude a melhorar o controle do mar e dos portos. "Vou conversar com o prefeito Eduardo Paes para instalar uma base marítima da Polícia Federal perto do aeroporto Santos Dumont. Temos que aumentar a vigilância na Baía de Guanabara, sabemos que muitos navios ali são depósitos do crime".

Ele afirmou também que vai trabalhar para unificar as câmeras da CET Rio nas linhas amarela e vermelha e na Avenida Brasil. "É imprescindível que estejam integradas com a inteligência da Polícia Rodoviária Federal".

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