Disney e Universal processam Midjourney por uso não autorizado de personagens
Estúdios alegam que empresa de IA tem utilizado imagens de obras protegidas por direitos autorais
Disney e Universal (controlada pela Comcast) entraram com um processo contra a plataforma de inteligência artificial Midjourney, em um tribunal federal em Los Angeles. As empresas alegam que a ferramenta de geração de imagens utilizou obras protegidas por direitos autorais para criar reproduções não autorizadas de personagens de seus catálogos.
Segundo o processo, a Midjourney teria copiado e distribuído versões digitais de figuras como Darth Vader, Elsa, os Minions, Yoda, Bart Simpson, Homem de Ferro, Buzz Lightyear, Banguela, Shrek e Po, entre outros. A ação é movida por sete entidades que controlam os direitos autorais das divisões de filmes da Disney e da Universal.
De acordo com os estúdios, a Midjourney foi notificada para interromper a criação de conteúdos envolvendo personagens registrados, mas continuou a operar e lançar novas versões da plataforma. A empresa também teria utilizado esse material protegido para treinar seu modelo de inteligência artificial.
Os estúdios pedem que a Justiça determine a interrupção das atividades da Midjourney que envolvam conteúdos protegidos e exigem compensações financeiras.
A Midjourney, fundada em 2021 e sediada em São Francisco, oferece seu serviço por meio de assinaturas pagas. Segundo o processo, a empresa teria gerado US$ 300 milhões em receita no ano passado.
O caso integra uma série de processos nos Estados Unidos relacionados ao uso de conteúdo protegido por direitos autorais no treinamento de sistemas de inteligência artificial. Em 2023, um juiz da Califórnia aceitou a continuidade de uma ação semelhante contra a Midjourney, apresentada por um grupo de artistas.
A empresa não comentou o caso até o momento.