Sob pressão do partido, Celso Sabino pode deixar Ministério do Turismo
Ministro afirmou que ainda não há decisão e que deve permanecer tanto no governo quanto no União Brasil

Em uma pasta que tem média de menos de um ano e meio por ministro, Celso Sabino está há tempo além do normal no MTur: mais de dois anos. Mas isso pode mudar nas próximas horas. E o motivo não surpreende: política, que é o que dita o ministério não apenas nessa mas na maioria das gestões anteriores.
Após novos desentendimentos entre o presidente Lula e o União Brasil, o ministro do Turismo, Celso Sabino (União-PA), passou a ser alvo de forte pressão dentro do seu partido para deixar o governo federal. Segundo o UOL, Sabino já teria comunicado sua disposição de sair do Ministério, enquanto a legenda marcou reunião para a próxima terça-feira (3) a fim de oficializar uma deliberação para entregar os cargos no governo.
Porém, em entrevista ao O Globo, nesta sexta-feira (29), o ministro afirmou que não há decisão sobre sua saída do governo e reiterou a intenção de permanecer tanto no governo quanto no União Brasil - o que o partido já sinalizou ser inviável. No rompimento com o governo, não dá para agradar a dois santos ao mesmo tempo.
Na semana passada (27), Sabino já havia dito à GloboNews que não via sentido em discutir sua saída neste momento. Apesar disso, interlocutores do partido afirmam que, caso não deixe o cargo “por bem”, Sabino será expulso da legenda.
Em abril deste ano, o ministro do Turismo já havia afirmado que o União Brasil irá apoiar o presidente Lula nas eleições de 2026. O cenário agora é outro.
Além de Sabino, outro integrante que enfrenta pressão para sair do governo é André Fufuca (PP-MA), ministro do Esporte.
Para o MTur, às vésperas da COP30 na terra de Sabino, sua saída não terá grande impacto. E uma solução prática para substitui-lo está logo ali, na vizinha Embratur. O que seria ótimo para a indústria, por não ter de explicar o que é Turismo a cada político que senta nessa cadeira de dois em dois anos (ou bem menos).
Aguardemos o desenrolar dos fatos na capital federal - e em Belém do Pará.