Da Redação   |   27/05/2019 11:18

Nova Zelândia investe em sustentabilidade e define metas

A Trenz 2019, feira de Turismo da Nova Zelândia, aconteceu em Rotorua, na Ilha do Norte, com 386 operadores de 30 países, incluindo comitiva brasileira

Carla Lencastre, especial para o Portal PANROTAS

Carla Lencastre
Feira de Turismo Trenz reuniu 386 operadores
Feira de Turismo Trenz reuniu 386 operadores
ROTORUA (Nova Zelândia) – Turismo medido por qualidade e não por quantidade, com forte ênfase em desenvolvimento sustentável, foi o mote da Trenz 2019, a maior feira de Turismo da Nova Zelândia. O evento realizado em Rotorua, da Ilha do Norte, reuniu 386 operadores de 30 países, que participaram de um total de 15 mil reuniões com fornecedores locais no Energy Events Centre. Os seis representantes do Brasil que estiveram na feira chegaram este fim de semana ao Brasil, depois de uma familiarization trip pelas ilhas do Norte e do Sul.

Carla Lencastre
Trade do Brasil e Argentina
Trade do Brasil e Argentina
O grupo da América do Sul na Trenz reuniu seis operadores brasileiros, Andressa Diniz, analista de produto da Teresa Perez; Hendrix Chefer, consultor da Kangaroo; Jota Marincek, CEO da Venturas Viagens; Laura Camera, consultora da TGK; Marcello Patelli, gerente de Produto da CVC Corp, e Rafaella Delavale, da Orinter, todos baseados em São Paulo, e dois operadores da Argentina, Leonardo Freytes, gerente de Produtos e Vendas da Destefanis, e Florencia Aguilar, executiva comercial de Europa e Exóticos da Aero La Plata Turismo, ambos de Buenos Aires.

Do Turismo da Nova Zelândia na América do Sul estavam presentes na feira Karem Basulto, country manager no Brasil; Marco Marques, executivo de Desenvolvimento Comercial no Brasil, e Florencia Lizarazu, executiva de Desenvolvimento Comercial na Argentina. Karem acompanhou o grupo de operadores durante a famtrip.

Na viagem, os operadores voaram pelas duas principais ilhas que formam o país; tiveram experiências radicais, como fazer bungee jump e andar de jet boat; outras mais contemplativas, como os belos lagos Pukaki e Wanaka, na Ilha do Sul, e terminaram a viagem em Auckland, de onde parte o voo direto da Air New Zeland (um dos patrocinadores do evento, assim o Aeroporto de Auckland) para Buenos Aires.

Todos tiveram oportunidade de testar produtos de aventura, promovidos com destaque durante a Trenz, e de fazer uma imersão na cultura maori. Parte do grupo chega em casa com tatuagens feitas entre uma reunião e outra, no estande do Tourism New Zealand, com o tatuador Arekatera Katz Maihi.

Carla Lencastre
Chris Roberts, da Tourism Industry Aotearoa
Chris Roberts, da Tourism Industry Aotearoa
NÚMEROS AMBICIOSOS
Rotorua, sede do evento deste ano, fica entre Auckland e Wellington e é uma cidade termal, com diversas fontes e gêiseres. Não por acaso, a noite de abertura foi em Te Puia, com seus impressionantes gêiseres.

Neste cenário onde a natureza se destaca, a Trenz 2019 ressaltou a importância de um desenvolvimento sustentável e de qualidade, ainda que o resultado não seja um Turismo necessariamente barato nem o crescimento rápido no número de visitantes.

Na abertura do evento, Chris Roberts, CEO da Tourism Industry Aotearoa (nome da Nova Zelândia em maori), que organiza o mais importnate evento da indústria de viagens do país, apresentou um programa de desenvolvimento até 2025, no qual o foco é o crescimento sustentável (das comunidades, do meio ambiente, da economia e mesmo do número de visitantes) e um dos objetivos é ter 100% da população apoiando o Turismo internacional.

“Esta estrutura mantém nosso foco no desenvolvimento dos nossos valores para indivíduos, comunidades, meio ambiente, economia...,” diz Roberts. “A principal mudança é que a sustentabilidade agora está no centro do nosso projeto para 2025, deixando claro o caminho sustentável que vamos seguir", afirma.

Carla Lencastre
Espaço para tatuagens
Espaço para tatuagens
"Adicionamos metas de qualidade para o que oferecemos para os visitantes, para as comunidades como anfitriãs e para aumentar a participação do Turismo na economia do país. Estamos diante de três questões fundamentais: gerenciar o crescimento do Turismo, melhorar a gestão dos nossos recursos naturais e agir de acordo com as mudanças climáticas. Estes três fatores precisam ser levados em conta em cada uma de nossas ações".

Os planos para o futuro são ambiciosos: até 2025, o plano estratégico do país espera que o Turismo renda 41 bilhões de dólares neozelandês (US$ 26,9 bilhões) ao ano. Chris Roberts acredita que esta meta pode ser superada: “Ampliamos nossa ambição econômica e acreditamos que o Turismo pode render até 50 bilhões (US$ 32,8) por ano”.

Carla Lencastre
Trade sul-americano durante famtrip em Auckland
Trade sul-americano durante famtrip em Auckland
A indústria de viagens é hoje a principal atividade econômica da Nova Zelândia e seus principais mercados são Austrália, China, Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha e Japão. Brasil e Indonésia são considerados mercados emergentes.

Em números absolutos, 365 mil pessoas trabalham direto ou indiretamente na indústria de viagens, o que representa 13,5% da população atualmente empregada. A expectativa é que feira gere adicionais 10,3 milhões de dólares neozelandeses (US$ 6,7 milhões) em negócios apenas nos próximos 12 meses.

O Portal PANROTAS viajou a convite do Tourism New Zealand com proteção GTA

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