Pedro Menezes   |   16/09/2025 12:41
Atualizada em 16/09/2025 13:57

CVC já converteu 20 agências multimarcas este ano; novos franqueados explicam decisão

Roberto Vertemati e Renato Alves detalham os benefícios e vantagens do processo de conversão das agências


PANROTAS / Emerson Souza
Roberto Vertemati, diretor de Expansão da CVC
Roberto Vertemati, diretor de Expansão da CVC

A CVC Corp iniciou o ano de 2025 focada em converter agências de viagens multimarcas em lojas exclusivas por todo o Brasil e em alavancar os resultados do B2B, assim como aconteceu em 2024 com o B2C. A estratégia é baseada no famoso "trabalho de formiguinha", que está hoje nas mãos de Roberto Vertemati, diretor de Expansão da CVC, e Renato Alves, diretor de Novos Canais de Vendas da CVC.

Se depender do CEO Fabio Godinho, a CVC pode fechar o ano com até 60 conversões de agências de viagens, o número mais otimista possível compartilhado em entrevista durante a WTM-LA 2025. Até esta terça-feira (8), por exemplo, 20 conversões de agências de viagens já foram finalizadas e, segundo os executivos, vem muito mais por aí, entre conversões e expansão de franqueados.

"Estamos muito felizes: já são mais de 20 contratos assinados e mais do dobro de interessados em se tornar franqueado; precisamos nos mostrar. Ao se tornar franqueado, o agente, que já é profissional, ficará atualizado e poderá aumentar suas vendas em até 40% — terá sistema, tecnologia, assessoria do gerente regional para o melhor direcionamento e a força da marca. Atualmente, 48% têm mais de 10 anos de franquia CVC"

Renato Alves, diretor de Novos Canais de Vendas da CVC
Divulgação
Renato Alves, diretor de Novos Canais de Vendas da CVC
Renato Alves, diretor de Novos Canais de Vendas da CVC

Segundo Alves, há muitos benefícios para o agente que se torna franqueado CVC. "O que será do negócio do agente de viagens nos próximos 10 anos? Estão mais próximos do que a gente imagina. E aqui dentro da CVC já temos vários processos já sendo feitos por inteligência artificial. E se o agente não estiver ao lado disso, o que será do futuro dele? Muitos já testaram a IA para impulsionar e atrair clientes (algo que custa muito), e os franqueados contam com a CVC para cuidar dessa captação", complementou o diretor.

"O profissional já conhece o setor, opera e conhece o calendário dos seus clientes; ele não perde nada — continua sendo o agente de viagens da cidade, apenas soma-se à força da marca, com estratégia, produto e tecnologia. Essa venda assistida, o carinho e o relacionamento agregam maior valor ao negócio".

Renato Alves, diretor de Novos Canais de Vendas da CVC

Estratégia de interiorização

A CVC tem reforçado sua estratégia de interiorização no Brasil, apoiada pelo conceito Figital, que amplia o alcance das agências para além do ponto físico e integra a experiência digital. Esse movimento permite abrir lojas em cidades menores, aumentar a área de atuação e reduzir custos, sem perder a proximidade com o cliente.

A empresa também tem provocado os agentes de viagens a refletirem sobre o futuro do setor, destacando o papel da inteligência artificial e da força da marca para garantir competitividade. O discurso é direto e busca mostrar como a franquia agrega valor sem substituir a atuação do profissional local.

Divulgação/CVC
Loja CVC
Loja CVC

"A visão do Figital está se consolidando cada vez mais. É uma realidade que se confirma com as expansões e aberturas focadas no interior do Brasil, um claro processo de interiorização que vem se consolidando. Cidades que antes dependiam do walk-in e precisavam estar em grandes shoppings eram limitadas a municípios com 35–40 mil habitantes ou mais, para que a loja tivesse viabilidade financeira. Hoje, com essa tecnologia, o cliente está muito mais aberto à interação pelas redes sociais, o que ampliou o raio de atuação das lojas de cerca de 3 km para até 30 km, dependendo da situação. As lojas também precisavam ser maiores e, portanto, mais caras para comportar fisicamente os clientes — falávamos de espaços de 50 m² ou mais, onde a família ia junto —, mas isso já não é mais a realidade. O cliente faz a consultoria, vai à loja uma vez e pronto. Há clientes que nem chegam a ir à loja, mas fazem toda a interação online"

Roberto Vertemati, diretor de Expansão da CVC

Vertemati lembra que o impacto no interior do Brasil é real. "Entramos com uma estratégia de busca por cidades do interior com conhecimento local e experiência, cronograma de grupos, e somando à CVC, marca conhecida e que conta com a ferramenta figital. O franqueado monta a loja, passa por treinamento nas ferramentas (fáceis de usar) e em gestão de produtos, e integra-se a uma máquina de marketing já existente (TV, rádios, mídias sociais, Google da própria loja), com forte atuação local", destacou Roberto.

"O agente de viagens na cidade passa a representar uma marca global e que consegue crescer até 40% em rentabilidade, somando sua expertise à força da marca líder do segmento, top of mind no setor de viagens, reconhecida pelos clientes e pelos próprios franqueados (selo ABF). E há um planejamento para alguns anos à frente, mapeando cidades e com a preocupação de não canibalizar lojas já existentes. Assim existe fluxo receptivo de franqueados que querem abrir lojas ou leads em mercados maduros sem espaço para novas unidades"

Roberto Vertemati, diretor de Expansão da CVC

Por fim, Alves afirma que a CVC faz um estudo prévio antes de abrir a loja. "Existe um estudo para identificar onde precisamos chegar, onde não há loja ou onde cabe mais uma unidade. Muitas vezes o cliente quer converter onde ele está, mas o local não comporta. Não transformamos um agente de viagens em franqueado sem um estudo prévio: tudo vai a um comitê para análise — se a conta não fecha, a abertura não ocorre", finalizou.

Opinião de franqueados

  • "Estou satisfeito em ter feito a conversão e me tornado franqueado CVC. A empresa tem um nome forte no mercado. Montamos uma equipe bacana e responsável por vender todos os produtos. Conheci muitos clientes que nunca tinha visto na cidade só por conta da força da marca e do nome. A CVC nos dá muita facilidade de parcelamento e aprovação em boletos. Estou muito contente" - Matheus Pasini, sócio da filial de Ponta Porã.
  • "Nossa experiência na CVC tem sido uma jornada de transformação e crescimento, baseada em pilares que fortalecem nosso trabalho e nos motivam diariamente. A adaptação à cultura de imersão da CVC foi o primeiro passo, um desafio que se tornou um pilar essencial para nosso sucesso. Ao mergulhar na metodologia da empresa, descobrimos uma nova forma de atuar, que nos tirou da zona de conforto e nos transformou em estudantes entusiasmados. A vasta diversidade de produtos oferecidos pela CVC é outro ponto crucial. Ter acesso a um portfólio completo em um só lugar não só simplifica o processo de vendas, mas também gera uma confiança inabalável em nossos clientes. Esse modelo de negócio, combinado com a estratégia "figital", nos dá as ferramentas necessárias para captar clientes online e convertê-los em vendas, garantindo um processo fluido e assertivo. Por fim, o sucesso da conversão multimarca em CVC é fruto de um esforço de toda equipe envolvida nessa transformação. A sinergia do grupo é fundamental para que todos caminhem na mesma direção e alcancem os objetivos propostos. É essa união, junto com a gratificação de atingir as metas no final do mês, que nos enche de entusiasmo e nos motivam a continuar investindo nesse sonho" -

    Elenilton Marques, franqueado CVC Lojas, 6944, 2904 e 2909 - Pará.

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Sobre o autor

Natural do Rio de Janeiro, Pedro Menezes é bacharel em Comunicação Social/Jornalismo e atua há 12 anos na imprensa especializada em Turismo. Atualmente, é editor do maior portal brasileiro voltado a profissionais do setor, com base em São Paulo. O jornalista tem experiência em cobertura nacional e internacional de feiras, congressos e eventos, além de pautas de política e economia ligadas ao Turismo.