Filip Calixto   |   05/01/2023 18:13

Presidente da FBHA defende reforma estrutural nos impostos do País

A reforma tributária é o tema do mais recente artigo de Alexandre Sampaio

PANROTAS / Emerson Souza
Alexandre Sampaio, presidente da FBHA
Alexandre Sampaio, presidente da FBHA
O presidente da FBHA (Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação), Alexandre Sampaio, fala em artigo sobre o impacto dos impostos no bolso dos brasileiros em 2022. O executivo utiliza os dados do Impostômetro, painel instalado pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP), como base da análise e lembra que o avanço de 11% sobre 2021 se deu pela maior arrecadação de tributos federais, apesar das desonerações promovidas pelo governo.

"Os dados evidenciam a necessidade urgente de reformas estruturais para reduzir o peso dos tributos, como forma de realização de Justiça Tributária", defende Sampaio.

O artigo na íntegra pode ser lido a seguir.

"Divulgada esta semana, a notícia é impactante: os contribuintes brasileiros pagaram, em 2022, R$ 2.890.489.835.290,32 em impostos, de acordo com o Impostômetro, painel instalado pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP) na região central da capital paulista. Este é, portanto, o montante arrecadado aos governos federal, estadual e municipal - incluindo taxas, contribuições, multas, juros e correção monetária. Em 2021, o mesmo painel registrou aproximadamente R$ 2,6 trilhões. O aumento entre um ano e outro foi de 11,5% - volume considerável para um ano pós-pandêmico extremamente difícil e desafiador, do ponto de vista econômico.

Obviamente, o avanço em 2022 deu-se pela maior arrecadação de tributos federais, apesar das desonerações promovidas pelo governo, como foi o caso dos combustíveis, energia elétrica e telecomunicações. No entanto, tivemos inflação em níveis elevados, o que encarece produtos e serviços.

Os dados acima evidenciam a necessidade urgente de reformas estruturais para reduzir o peso dos tributos, como forma de realização de Justiça Tributária. Isso porque a nossa carga tributária continua sendo elevada para os padrões de um país emergente. A reforma administrativa e a contenção dos gastos públicos são, portanto, alguns dos meios para diminuir o peso dos tributos.

A novidade é que o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, ao assumir, no último dia 3, o cargo de ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, discursou por quase meia hora, elencando os desafios à industrialização do país e suas prioridades como ministro, cujas funções acumulará com as de vice-presidente.

Segundo ele, o sucesso do setor produtivo brasileiro exige a simplificação das regras do sistema tributário de forma a favorecer a competitividade nacional.

Não há dúvidas de que o fortalecimento da nossa economia passa, invariavelmente, pela redução do custo Brasil e pela melhoria do ambiente de negócios no país. Nesse contexto, a reforma tributária é um caminho sem volta e cada vez mais necessário para a manutenção de nossas empresas, bem como o surgimento de novas.

Só assim ressurgiremos como um país próspero e desenvolvimentista, capaz de gerar emprego e renda para a população brasileira, tão sedenta por horizontes mais aprazíveis."

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