O que o mercado mineiro pede e precisa? Fornecedores opinam na Travel Next

PANROTAS / Filip Calixto

BELO HORIZONTE (MG) - O público mineiro tem características próprias quando o assunto é Turismo, e compreender essas demandas é essencial para fornecedores que desejam conquistar as agências do Estado. Durante a Travel Next, diferentes players do setor compartilharam suas percepções sobre esse mercado que, além de ser um dos mais relevantes do Brasil, apresenta exigências que giram em torno de confiança, relacionamento próximo e atenção personalizada.

Assistência e relacionamento

Para Paulo Oliveira, gerente regional de Vendas B2C da CVC, que participa pela primeira vez do evento em Minas, o Estado já representa o segundo maior mercado da operadora. Segundo ele, o mineiro valoriza não apenas bons produtos, mas, sobretudo, a assistência constante e o relacionamento próximo, fatores decisivos na hora de fechar negócios.

Essa visão também é compartilhada por Fernanda Reina, gerente comercial da Mobility, que ressalta a importância do atendimento personalizado. A empresa, inclusive, reforçou sua presença na região ao nomear Thiago Camacho como executivo dedicado a Minas Gerais, além de Rio de Janeiro e Espírito Santo, com o objetivo de estreitar laços e oferecer um acompanhamento diferenciado aos agentes locais.

Marcelo Adams, diretor da Cativa Operadora, acrescenta que o agente de viagens mineiro tende a ser mais desconfiado em um primeiro contato. “Quando chegamos havia até um certo receio, mas fomos bem recebidos. Para dar ainda mais tranquilidade, lançamos o portal de transparência, que ajuda a consolidar essa relação de confiança”, comenta.

Na Trend, a presença constante também é apontada como diferencial. “Quem é visto é lembrado. Dão preferência para quem está no dia a dia. É um zelo, um contato mais cuidadoso. A operadora que atende agência em Minas precisa estar junto com o agente em todas as situações, não só na hora da venda”, reforça Vinicius Ottoni, executivo da empresa no Estado.

Para a Azul Viagens, a transparência e o suporte são aspectos indispensáveis. “É fundamental estar ao lado do agente, principalmente na hora dos perrengues. Além disso, parceria e apoio caminham junto com fatores como produto, preço, comunicação, emissão rápida e bom atendimento”, afirma Bruna Castro, gestora de Produtos Internacionais.

Segurança como prioridade

Para a Orinter, que vem ampliando sua atuação no Estado, a palavra-chave é segurança. De acordo com Lucas Costa, gerente comercial da empresa em Minas Gerais, embora a operadora ofereça uma ampla gama de produtos, o que realmente conquista o mineiro é sentir que terá suporte e assistência em todas as etapas da viagem.

Na mesma linha, a MSC Cruzeiros destaca que confiança e proximidade são indispensáveis. “Atenção e parceria trazem a confiança que o mercado mineiro busca”, avalia Keila de Amorim, executiva da companhia em Minas Gerais.

O valor do bom atendimento

No segmento hoteleiro, Márcio Nogueira, diretor comercial da HotelDo, destaca a diversidade do consumo dos mineiros, que buscam tanto destinos do Nordeste quanto do Sul do Brasil. Para ele, no entanto, há um fator em comum em qualquer negociação: o relacionamento. "O mineiro gosta de ser bem atendido, de conversar, de ter atenção e tempo por parte do fornecedor", afirma.

Essa mesma percepção é compartilhada por outros players. Elis Rodrigues, gerente de Redes e Novos Negócios da SkyTeam, observa que a presença física ajuda a conquistar espaço no Estado. “Por isso temos três executivos aqui, falando o sotaque deles e com disponibilidade de tempo, já que muitas vezes a demanda acontece fora do horário comercial”, explica.

No caso da Abreu, a estratégia também passa pela forte presença regional. “A importância da presença é um fato. Há ainda um fator distintivo entre capital e interior: enquanto o mercado de Belo Horizonte é mais aberto e diversificado, o interior tende a ser mais cauteloso e evita arriscar com novos parceiros”, explica Bruno Baeta, gerente comercial da operadora em BH.

Outras empresas, como a BRT, reforçam que a relação próxima com o agente é decisiva. “O fundamental é parceria com o agente, com atendimento humanizado. O mineiro gosta de saber com quem está falando, quem é a pessoa que o atende”, comenta a empresa.

Um mercado exigente, mas promissor

Em síntese, os depoimentos reforçam que o mercado mineiro é plural em destinos e produtos, mas unânime na valorização do contato humano, do atendimento próximo e da sensação de segurança. Para os fornecedores, estar presente, ouvir e construir confiança é a estratégia certeira para conquistar as agências do Estado.

O álbum a seguir mostra um resumo do ponto de vista de alguns entrevistados.

A PANROVAS viaja a convite da organização da Travel Next Minas