Da Redação   |   12/12/2025 17:21

COP30 impulsiona reação do trade para enfrentar a crise climática; leia o artigo

Presidente da Skal relata ações conjuntas tomadas na esteira da realização da COP30

PANROTAS / Emerson Souza
Walter Teixeira,  presidente da Skål Internacional Brasil, fez uma análise sobre os desafios que se intensificam diante da realização da COP30
Walter Teixeira, presidente da Skål Internacional Brasil, fez uma análise sobre os desafios que se intensificam diante da realização da COP30

A crise climática já não é mais tratada como uma projeção futura pelo setor de turismo - ela está alterando, agora, a rotina de destinos, comunidades e empresas. Essa é a principal mensagem defendida por Walter Teixeira, presidente da Skål Internacional Brasil, em sua análise sobre os desafios que se intensificam diante da realização da COP30, realizada no último mês, em Belém.

Segundo Teixeira, os impactos dos eventos extremos vêm se tornando mais evidentes em regiões turísticas, comprometendo cadeias produtivas inteiras e pressionando um segmento que, apenas em 2025, deverá movimentar mais de US$ 11 trilhões globalmente. Para ele, o momento exige ação imediata e coordenada: "Nenhum destino ou organização conseguirá enfrentar sozinho os efeitos das mudanças climáticas", afirma.

Leia o artigo

"A crise climática deixou definitivamente de ser uma previsão distante para tornar-se uma realidade que impacta, hoje, vidas, territórios e economias. No turismo, os efeitos são ainda mais sensíveis: destinos inteiros vêm enfrentando eventos extremos que prejudicam comunidades, desorganizam cadeias produtivas e ameaçam a sustentabilidade de um setor que, em 2025, deverá movimentar US$ 11,7 trilhões, ou 10,3% do PIB global. Diante desse cenário, para o setor do turismo fazer frente aos desafios lançados na COP30, em Belém, temos não apenas uma responsabilidade institucional, mas um chamado urgente à ação coordenada.

Com esse espírito, a Skål Internacional uniu-se a entidades parceiras para realizar, no dia 10 de dezembro, no Grand Mercure São Paulo Ibirapuera, um webinário híbrido dedicado a discutir caminhos e estratégias que permitam ao turismo enfrentar os riscos climáticos – e transformar desafios em oportunidades. Sob a curadoria e moderação de Jaqueline Gil, pesquisadora, executiva e uma das principais referências nacionais em sustentabilidade e turismo, o encontro reuniu vozes qualificadas das esferas pública, privada e acadêmica.

Força de união

A riqueza do debate reforçou algo que temos defendido sistematicamente: nenhum destino, empresa ou organização superará sozinho os efeitos das mudanças do clima. O setor produtivo não pode permanecer inerte. Precisa reconhecer que o futuro das viagens dependerá, cada vez mais, da capacidade de reduzir emissões, de adotar modelos regenerativos e de estimular práticas responsáveis em toda a cadeia.

A Skål, presente em mais de 80 países e integrada por 12.500 profissionais, assumiu o compromisso de amplificar essa agenda globalmente. Levo agora essa discussão aos 297 Clubes Skål ao redor do mundo, para que possamos construir conhecimento integrado, compartilhar práticas e influenciar políticas públicas que fortaleçam nossa resiliência coletiva. Nenhuma transformação deste porte se consolida sem cooperação – e este é justamente o pilar que sustenta a Skål desde sua origem.

Durante o webinário, vimos exemplos concretos de como o setor já está se movendo: desde iniciativas de grandes redes, como a Accor, que demonstram que sustentabilidade reduz custos operacionais, até organizações como a Fundação 25 de Janeiro, que reforçam a urgência de padrões setoriais de baixo carbono. Também ficou claro que o período entre Belém (COP30) e Antalya (COP31), sob presidência brasileira, será estratégico para o país demonstrar liderança, capacidade técnica e visão de longo prazo.

A Skål Internacional Brasil continuará estimulando esse diálogo, facilitando pontes e promovendo um ecossistema colaborativo entre empresas, entidades e especialistas. Os impactos climáticos já estão entre nós – e as soluções também podem estar, desde que atuemos de forma coordenada, responsável e orientada por evidências.

O webinário mostrou que há conhecimento, há vontade e há consenso: o turismo precisa se organizar imediatamente para proteger pessoas, destinos e negócios. O movimento começou, e nossa missão é garantir que ele siga crescendo, ganhando força e gerando impacto real para o planeta e para o futuro da atividade turística".

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