Henrique Santiago   |   16/03/2018 10:03

O que falta para as vendas no Turismo crescerem via app?

Turismo é o setor que mais aproveita o parcelamento no pagamento

Henrique Santiago
Felipe Schepers, do Opinion Box, acredita que a indústria de viagens tem muito a crescer - e aprender - com o m-commerce
Felipe Schepers, do Opinion Box, acredita que a indústria de viagens tem muito a crescer - e aprender - com o m-commerce
O Turismo é a categoria menos testada, digamos, em compras por dispositivos móveis no Brasil. Em pesquisa feita pelo Paypal, em parceria com a Opinion Box, 55% dos consumidores compraram algum produto relacionado a viagens nos últimos 60 dias, atrás de categorias como serviços (84%), produtos do dia a dia (76%) e produtos de compras pontuais (75%)

É bom ressaltar que, por outro lado, que o tíquete médio de uma passagem aérea ou de uma diária de hotel é muito maior do que, por exemplo, um item de farmácia ou de supermercado. Embora não tenha valores precisos, a indústria que realiza sonhos, como é conhecida, tem à vista oportunidades pela frente.

A mesma pesquisa apresenta que apenas 20% dos brasileiros consomem viagens via aplicativo, o chamado m-commerce (comércio mobile). Já 49% dos respondentes apontam que utilizam app e site, enquanto 31% aderem exclusivamente ao desktop. Para se ter uma ideia, o mobile é utilizado por 56% dos usuários.

Esse índice poderia ser maior se as empresas do setor tivessem maior preocupação em desenvolver sites responsivos e aplicativos funcionais, apontou o diretor de Operações da Opinion Box, Felipe Schepers.

“Os desafios do Turismo hoje são os mesmos da indústria como um todo, especialmente voltados à tecnologia. Mas um fator que aproxima mais os clientes são as imagens e os vídeos, elas têm um peso enorme de encantar e facilitar uma viagem a determinado específico ou uma reserva de hotel”, destacou.

O índice de satisfação para quem consome viagens a lazer e, eventualmente negócios, é o mais baixo entre as seis categorias: apenas 40% contra 72% de serviços, a mais alta.

Os principais complicadores apontados pela pesquisa são a demora no carregamento das páginas das lojas (42%), a falta de informações sobre os produtos (36%) e a necessidade de utilizar o pacote de dados para concluir uma compra (32%).

Para isso, as companhias teriam de investir em um meio que não consuma tantos dados do 4G do cliente. Outro ponto de extrema importância, pontuou Schepers, é pensar no tamanho dela, seja ela a de um notebook, smartphone ou tablet, para que a experiência de navegação seja fácil e intuitiva.

O CRESCIMENTO DO MOBILE
O pagamento de produtos via celular é maior entre os brasileiros, com 38% ante 26% dos computadores. Isso pode ser explicado pelo uso de aplicativos de bancos, que facilitam a vida do consumidor ao não ter de ir até uma agência bancária.

A indústria de viagens é que mais utiliza o parcelamento no cartão de crédito (69%). O valor de um pacote, juntamente com as possibilidades de pagar em seis, dez ou 15 vezes sem juros, contribui para um índice tão alto. Já o cartão digital aparece para 33% dos respondentes.

Um número animador para os meios de pagamento on-line mostra que 49% dos brasileiros preferem comprar e pagar no app do que no site pelo celular. Ao que tudo indica, o m-commerce ainda será bastante discutido no breve futuro.

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