Beatrice Teizen   |   03/04/2020 11:58

Google mapeia mobilidade de brasileiros durante isolamento

Documentos mostram como as visitas e o tempo de permanência em locais diferentes ao redor do mundo mudaram

O Google preparou relatórios para ajudar a entender as respostas às orientações de distanciamento social relacionadas à covid-19. A gigante do setor de tecnologia pontua que este material não deve ser usado para fins de diagnóstico médico, prognóstico ou tratamento e também não se destina a ser utilizado para orientação sobre planos de viagem pessoais.

Divulgação
Google realiza relatório para mostrar impactos nos locais durante isolamento social
Google realiza relatório para mostrar impactos nos locais durante isolamento social
Os documentos mostram como as visitas e o tempo de permanência em locais de diferentes categorias ao redor do mundo mudaram em comparação com uma linha de base. As alterações foram calculadas usando o mesmo tipo de dados agregados e anônimos que mostram os horários de pico em locais no Google Maps. Foram incluídas categorias que são úteis para os esforços de distanciamento social, bem como para o acesso a serviços essenciais.

Com dados coletados no dia 29 de março, a linha de base utilizada para comparação foi um período de cinco semanas, de 3 de janeiro a 6 de fevereiro de 2020.

BRASIL
No Brasil como um todo, houve uma queda de 71% em locais destinados a lazer e compras, como restaurantes, cafés, shopping centers, parques temáticos, museus, bibliotecas e cinemas. Supermercado, mercados de agricultores, lojas especializadas em alimentos, drogarias e farmácias sentiram uma redução de 35% na mobilidade de pessoas.

Já em espaços abertos, como parques, praias, marinas e jardins públicos, uma queda de 70% foi registrada. Outra redução substancial foi em centros de transporte público, como estações de metrô, ônibus e trem, apresentando menos 62%.

Os locais de trabalho, principalmente com a maioria das empresas adotando o home office, sofreram uma queda de 34%. A única categoria que, por motivos óbvios, apresentou um crescimento foi a residencial, com um aumento de 17%.

ESTADOS
Em São Paulo, a categoria de lazer e compras sofreu uma queda de 72% em relação à linha de base; redução de 36% em supermercados e farmácias; diminuição de 71% em parques; queda de 62% em centros de transporte público; redução de 37% em locais de trabalho; e aumento de 17% em locais de residência.

No Rio de Janeiro, houve as seguintes reduções: 72% em lazer e compras; 32% em supermercados e farmácias; 74% em parques e praias; 61% em centros de transportes públicos; 37% em workplaces; e crescimento de 17% na categoria residencial.

Já Minas Gerais sofreu queda de 66% em locais de compra e lazer; de 29% em mercados e drogarias; de 46% em parques públicos; de 57% em centros de metrôs, trens e ônibus; 30% em locais de trabalho; e um aumento de 15% em locais de residência, em comparação à linha de base.

No Distrito Federal, foi relatada uma diminuição de 68% na categoria de lazer e compras; de 28% em mercados e farmácias; 63% em áreas públicas, como parques e jardins; 56% em centros de transporte público; 36% em escritórios e locais de trabalho; e um crescimento de 20% nas residências.

Rio Grande do Sul apresentou reduções de 75%, 39%, 73%, 67% e 36% em locais de lazer e compras, supermercados e drogarias, parques, estações de transporte público e locais de trabalho, respectivamente. A categoria residencial teve um aumento de 20%.

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