Artur Luiz Andrade   |   15/05/2020 11:52
Atualizada em 15/05/2020 11:56

Pesquisas mostram forte impacto mas otimismo com viagens nos EUA

US Travel Association mostra que a indústria de Viagens e Turismo já se encontra em depressão


Pixabay
Enquanto a economia americana se encaminha para uma recessão, nova análise que está sendo preparada pela US Travel Association mostra que a indústria de Viagens e Turismo já se encontra em depressão. O nível de desemprego da indústria é de 51%, suas vezes maior que o desemprego no pior ano da Grande Depressão (iniciada em 1929).

O relaxamento do lockdown em algumas cidades americanas fez com que o total de gastos com viagens subisse um pouco na última semana, chegando a US$ 2,9 bilhões (voltando ao nível de 11 de abril). A semana que terminou em 9 de maio foi a segunda de crescimento desde o começo da pandemia, mas ainda assim 87% abaixo dos níveis do último ano, com perdas de US$ 19 bilhões.

Desde o início da crise as perdas acumuladas na indústria de Viagens e Turismo dos Estados Unidos chegam a US$ 157 bilhões. Quatro Estados ainda estão com perdas de mais de 90% sobre o ano anterior, com destaque para o Havaí e Washington D.C., com mais de 95% de queda nas receitas de Turismo.

O número de Estados com perdas comparativas abaixo de 80% subiu de seis para nove. Kentucky, Nebraska, Montana e Alabama tiveram os melhores resultados.

Desde 1º de março as perdas dos governos com impostos e taxas oriundas do setor de Viagens foram de US$ 20,3 bilhões.

SENTIMENTOS PARA VIAJAR
Pesquisa realizada pela Longwoods International e divulgada no dia 12, mostra que 40% dos pesquisados se sentiriam seguros em viajar para fora de suas comunidades, 33% não e 27% mostraram-se indecisos. Já 35% apoiariam a chegada de visitantes em suas cidades, 35% se oporiam e 30% estão indecisos.

Outra pesquisa, da Destination Analysts, mostra que 70% dos entrevistados sentem falta de viajar de férias e mais de 50% do ato de planejar a viagem.

Dos respondentes, 47,1% voltariam a viajar após a pandemia, mas com cuidados; 11,2% viajariam imediatamente e 41,7% preferem aguardar para ver como as coisas vão evoluir.

Cerca de 45% dos pesquisados estão planejando algum tipo de viagem de carro até o final de agosto. Amigos, familiares e os escritórios oficiais de Turismo dos destinos são as fontes mais confiáveis para decidir para onde viajar.

SEGURANÇA
Sobre os novos protocolos de saúde nos ambientes, há um misto de segurança e ansiedade. Os viajantes se sentem seguros vendo os tripulantes desinfectando os aviões (63,6%), na checagem de temperatura nos aeroportos (56,2%) e ao ver garçons de máscara em restaurantes (48,8%), mas também demonstram ansiedade nas três situações (21,7%, 30% e 25,3%, respectivamente).

Já em um levantamento da Engagious, no final de abril, se houver a aprovação de uma vacina, 46% ficariam hospedados em um hotel, sem hesitação. E se tiverem as garantias de segurança, 64% passariam ao menos uma noite em um hotel e 59% iriam a um parque temático, entre um e três meses.

E nas redes sociais americanas, segundo levantamento da Merdith Travel Marketing, os cinco Estados mais mencionados em relação à covid-19 são Nova York, Califórnia, Flórida, Texas e Washington.

EVENTOS
Outra pesquisa, com profissionais de eventos, mostra expectativa de recuperação para o primeiro trimestre de 2021 (23%) ou para o segundo trimestre do próximo ano (22%). E 70% desses profissionais veem os eventos on-line/virtuais de forma mais positiva depois da pandemia.

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Sobre o autor

Artur Luiz Andrade é editor-chefe da PANROTAS, jornalista formado pela UFRJ e especializado em Turismo há mais de 30 anos.