Levantamento do portal eMarketer mostra que a venda on-line de viagens nos Estados Unidos e no Reino Unido somente deve se recuperar em 2022, depois da crise de covid-19 que fez a demanda despencar, paralisando desde os voos até as viagens de negócios e os cruzeiros em todo o mundo. Segundo o estudo, a demanda por viagens continuará baixa até que se encontre uma vacina para a covid-19, o que é previsto para o começo de 2021. Dessa forma, uma recuperação total dos níveis de viagens somente se daria em 2022.

Segundo a analista sênior da eMarketer, Jasmine Enberg, o apetite por viagens vem crescendo com a aproximação do verão americano, mas o medo ainda existente da infecção, as restrições para viagens internacionais e a vontade de evitar uma quarentena devem manter as malas bem perto de casa. Viagens domésticas, particularmente de carro, serão as mais populares, e isso deve fazer com que as vendas diminuam consideravelmente, já que o valor pago por uma viagem doméstica é bem menor que por uma internacional.

A estimativa do eMarketer é de uma queda de 44,7% na venda digital de viagens em 2020, totalizando US$ 115,27 bilhões, contra US$ 208,44 bilhões em 2019.

Após a descoberta da vacina, a empresa prevê um crescimento de 21% nas vendas on-line de viagens em 2021 nos Estados Unidos. E só em 2022 o setor chegará a vendas de US$ 209 bilhões, equivalentes a 2019.

No Reino Unido, as restrições de viagens ainda mais severas devem impactar ainda mais as vendas do setor, com queda prevista de 46,2%. Para 2021 o crescimento previsto é de 19% e para 2022 56,6%, chegando aos níveis de 2019 (30 bilhões de libras).