Cresce índice de confiança do empresariado em São Paulo
FecomercioSP aponta crescimento no otimismo de empresários da capital paulista

Uma análise mais detalhada do ICEC mostra que os três subíndices que formam o indicador, na comparação anual, avançaram pela segunda vez consecutiva. Apesar da base fragilizada, como já mencionado, o aumento gerou avanços expressivos. O Índice das Condições Atuais do Empresário do Comércio (ICAEC) subiu 149,2%. Já o Índice de Expectativa do Empresário do Comércio (IEEC), 19,9%; ao passo que o Índice de Investimento do Empresário do Comércio (IIEC), 38,2%. No mês, O ICAEC cresceu 17,2%, passando de 68,4 pontos, em julho, para 80,2 pontos em agosto. O IEEC subiu 6,8%, ao passar de 137,2 para 146,6 pontos, e o IIEC registrou alta de 6,1%, passando de 91 para 96,5 pontos.
Com a melhora recente constatada nos fluxos de caixas das empresas, os empresários se sentem mais confiantes em realizar novos investimentos e contratações. O índice que mede as Expectativas para Contratação de Funcionários subiu 6,2% (de 123,9 para 131,6 pontos), e o que apura o Nível de Investimento das Empresas, 6,5%, (de 70,6 para 75,2 pontos). Na comparação interanual, os dois quesitos que fazem parte do IEC registraram crescimento: 61,8% e 53%, respectivamente.
Por fim, de uma maneira geral, melhorou também o nível de estocagem no comércio, com a proporção dos empresários que relatam que os estoques estão adequados, seguindo maior do que aqueles que relatam estarem inadequados (55,7% contra 43,7%).
CENÁRIO POSITIVO COM DESAFIOS
Os dados de agosto indicam uma recuperação ao nível do que vinha sendo observado no fim de 2020. Assim, a expectativa deve continuar positiva nos próximos meses, conforme a vacinação avança. Entretanto, há desafios. O maior deles é a queda no nível dos reservatórios, que, ao provocar o aumento das tarifas de energia, causa um efeito em cascata que atinge a indústria e o comércio, além de reduzir o poder de compra dos consumidores. Somados a isto, existem o risco de racionamento de energia, as incertezas sobre a pandemia – com o surgimento de novas variantes – e a alta da inflação.
Na avaliação da FecomercioSP, os empresários devem ficar atentos à programação de compras e formação de estoques. A orientação é não adquirir produtos em excesso, mas também não deixar faltar mercadoria, o que pode gerar frustrações e eventuais aumentos nos custos. O ajuste de investimentos, as vendas e compras com fornecedores adequadamente ao fluxo de caixa e realização da programação logística são essenciais para que não falte produto e, ao mesmo tempo, não haja perdas. Outra dica é investir no relacionamento com o cliente para conhecer suas necessidades e preferências, fidelizando os antigos e conquistando novos. Tanto as pequenas e médias quanto as grandes empresas devem manter um canal aberto para o diálogo com os consumidores, trazendo inovações para expandir a eficiência operacional.