Pedro Menezes   |   29/07/2025 14:01

Turismo brasileiro supera média global e deve injetar US$ 168 bi na economia em 2025

Emissão de bilhetes aéreos internacionais para o Brasil entre julho e setembro já soma mais de 604 mil


Alexandre Macieira/Riotur
Nos seis primeiros meses de 2025, o País recebeu 5.332.111 turistas estrangeiros, uma alta de 48% em relação ao mesmo período de 2024
Nos seis primeiros meses de 2025, o País recebeu 5.332.111 turistas estrangeiros, uma alta de 48% em relação ao mesmo período de 2024

A Embratur lançou hoje o Dadosfera, um informativo com dados e tendências do Turismo internacional que, por sua vez, vive um dos momentos mais promissores da última década. Tanto é que, nos seis primeiros meses de 2025, o País recebeu 5.332.111 turistas estrangeiros, uma alta de 48% em relação ao mesmo período de 2024.

O número representa o maior volume de visitantes internacionais para o primeiro semestre da série histórica, o que coloca o Brasil na segunda posição entre os países que mais cresceram no mundo em chegadas internacionais no 1º trimestre de 2025, atrás apenas do Paraguai, como vimos aqui no Portal PANROTAS. A média de crescimento da América do Sul no mesmo período foi de 13%, e a média global, de 5%.

Divulgação
Os dez maiores emissores para o terceiro trimestre, de julho a setembro
Os dez maiores emissores para o terceiro trimestre, de julho a setembro

Mais conectividade, mais turistas

Parte do sucesso se deve à expansão da malha aérea internacional. Somente em 2025, 43 voos foram iniciados ou retomados, conectando o Brasil a mercados estratégicos como Argentina, Chile, Colômbia, México, Espanha, Portugal, Estados Unidos e Canadá. As rotas ligam destinos turísticos nacionais como Salvador, Maceió, Natal, Recife, Rio de Janeiro, Campinas, Porto Alegre e Manaus a importantes centros emissores de turistas.

O destaque fica para a Argentina, que lidera em número de novas conexões, com voos de cidades como Buenos Aires, Córdoba, Mendoza e Rosário para o Brasil. Também se destacam rotas como Bogotá-Belém, Toronto-Rio de Janeiro e Madri-Fortaleza.

Outro indicador que aponta para um segundo semestre aquecido é a emissão de bilhetes aéreos internacionais para o Brasil entre julho e setembro, que já soma mais de 604 mil passagens, número 30% maior que o mesmo trimestre de 2024. Os Estados Unidos seguem como o maior mercado emissor em volume (107.530 bilhetes emitidos).

Entre os países emissores com maiores crescimentos estão:

  • Colômbia: +104%
  • Argentina: +92%
  • Chile: +48%
  • México: +47%
  • França: +30%
  • Itália: +28%
  • Reino Unido: +23%
  • Alemanha: +21%

Projeções do WTTC reforçam papel estratégico do turismo

PANROTAS / Pedro Menezes
Marcelo Freixo, presidente da Embratur
Marcelo Freixo, presidente da Embratur

Em sua recente Pesquisa de Impacto Econômico 2025, produzida em parceria com a Oxford Economics, o Conselho Mundial de Viagens e Turismo (WTTC) projetou que, até o final do ano, o Turismo terá contribuído com 168 bilhões de dólares para a economia brasileira, representando 7,7% do PIB.

Para 2035, a expectativa é alcançar 199 bilhões de dólares em divisas geradas, o equivalente a 7,6% do PIB. Para isso, os gastos de visitantes internacionais devem crescer 3,1% ao ano até 2035, atingindo 10,1 bilhões de dólares no final do período. O setor ainda deve gerar 8,2 milhões de empregos, 8% do total, ao final de 2025. Daqui a 10 anos, espera-se que esse montante seja de 9,7 milhões de empregos, o que corresponderá a 9,3% do total.

Tendências para o futuro: mais personalização e destinos autênticos

Estudos de mercado da Mabrian, Deloitte, McKinsey e Google indicam cinco tendências-chave para o turismo até 2030, muitas das quais já estão sendo observadas no Brasil:

  • Otimização da conectividade aérea – O Brasil amplia rotas para acompanhar a demanda crescente.
  • Valorização da autenticidade – Destinos brasileiros ganham espaço com experiências culturais e naturais.
  • Mitigação da sazonalidade – Estratégias para atrair turistas o ano inteiro são priorizadas.
  • Personalização das viagens – Micro-itinerários e roteiros sob medida ganham força.
  • Experiências no lugar de posses – Novas gerações buscam bem-estar, autoconhecimento e viagens mais longas.

Além disso, a Índia, a China e o Sudeste Asiático devem se tornar importantes emissores de turistas nos próximos anos. O Brasil aparece, inclusive, como um dos cinco mercados emergentes com potencial de entrar no top 15 mundial de emissores até 2040, ao lado de Paquistão, Arábia Saudita, Indonésia e México.

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