Beatriz Contelli   |   29/09/2025 11:25

Parques e atrações ainda precisam diversificar ações sustentáveis, aponta Sindepat

Em parceria com Itaipu Parquetec, pesquisa aponta maturidade moderada do setor em ESG


Divulgação
Yuri Benites (Itaipu Parquetec), Pablo Morbis (Grupo Cataratas), a presidente executiva Carolina Negri, e Renato Fensterseifer Jr. (Alpen Park)
Yuri Benites (Itaipu Parquetec), Pablo Morbis (Grupo Cataratas), a presidente executiva Carolina Negri, e Renato Fensterseifer Jr. (Alpen Park)

Com o objetivo de mensurar o grau de maturidade em práticas ambientais, sociais, culturais e de governança (ESG) dos parques e atrações turísticas do Brasil, o Sindepat e o Itaipu Parquetec realizaram o estudo Turismo Sustentável – Como os parques e atrações estão incorporando a sustentabilidade.

Em relação à dimensão ambiental, os parques e atrações demonstram nível moderado de maturidade. A maioria reconhece e assume seus impactos ambientais e já adota práticas importantes e consolidadas, como o uso de lâmpadas LED e a instalação de torneiras com temporizador. No entanto, ainda é limitada a diversificação das ações sustentáveis, especialmente no que diz respeito ao uso de fontes alternativas de energia, captação de águas pluviais, gestão de frota e priorização de produtos ecológicos.

Na dimensão social, o relatório consta que há avanços importantes, com destaque para a contratação de pessoas da comunidade local, mas também lacunas significativas nas áreas de capacitação contínua, acessibilidade, ações estruturadas para a comunidade e valorização da diversidade, sendo o nível de maturidade considerado intermediário, pois requer avanços na estruturação de práticas mais amplas. O estudo considerou moderada a maturidade na dimensão cultural. Os dados apontam avanços importantes, como o apoio declarado à conservação cultural por 64% dos empreendimentos e a priorização de artistas locais em eventos por 72% dos respondentes.

A dimensão governança revelou maturidade moderada em sustentabilidade, com práticas positivas em ética, cooperação e participação local. No entanto, a baixa integração territorial e a limitada transparência indicam necessidade de consolidar uma governança mais estratégica e colaborativa. “Os dados do diagnóstico nos permitirão nortear as próximas ações do Sindepat. Hoje, comemoramos o grande número de respondentes e acreditamos que nas futuras edições do diagnóstico teremos mais parques e atrações participando”, afirma o presidente do Conselho do Sindepat, Pablo Morbis.

“Os pilares ESG são mandatórios hoje. Não se pode pensar em desenvolvimento de qualquer setor sem olhar para questões ambientais, sociais e de governança”, afirma Morbis. “Como associação, precisamos conhecer a maturidade dos parques e atrações para adequarmos nossas ações em ESG às reais necessidades. Conseguimos isso com este primeiro estudo”, explica.

Para o diretor de Turismo do Itaipu Parquetec, Yuri Benites, o estudo é parte do esforço do Itaipu Parquetec em fomentar projetos que contribuem para o desenvolvimento sustentável, apoiando decisões de longo prazo. “O relatório mensura a maturidade em sustentabilidade dos parques e atrações turísticas do Brasil para orientar gestores, empreendedores e formuladores de políticas públicas rumo a um turismo mais responsável”, analisa. “Os resultados aqui apresentados são mais que um diagnóstico: eles nos permitem enxergar onde estamos e, principalmente, para onde queremos ir.”

Perfil dos empreendimentos

Realizado por meio de questionários, o estudo alcançou 93 respostas de parques e atrações turísticas. Entre os respondentes, 47% são da região Sudeste, com forte relevância do Estado de São Paulo, com 31,6% do total de participantes. Em segundo lugar, o Rio Grande do Sul foi quem enviou mais respostas, com 15,8% do total.

Entre os respondentes, os parques aquáticos representaram 27,6%, seguidos pelos parques naturais e urbanos, com 23,7%. Parques temáticos contaram com 21% de participação e as atrações turísticas, com 12%. Os demais respondentes incluem zoológicos, aquários e centros de entretenimento familiar (FECs). Os dados foram compilados em junho deste ano.

Para ter acesso ao estudo completo, clique aqui.

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Beatriz Contelli

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Sobre o autor

Jornalista formada pela Anhembi Morumbi com pós-graduação em Política e Relações Internacionais pela FAAP. Entrou na PANROTAS em 2019, com foco especialmente em Branded Content, e, desde 2024, atua como repórter da redação.