Artur Luiz Andrade   |   19/11/2019 23:34   |   Atualizada em 19/11/2019 23:55

Conheça algumas startups e suas soluções para o Turismo

Já é uma tradição na Phocuswright Conference a apresentação de starups no primeiro dia de evento. Este ano, 24 delas foram selecionadas para mostrarem diferenciais


Artur Luiz Andrade

FORT LAUDERDALE – Já é uma tradição na Phocuswright Conference a apresentação de starups no primeiro dia de evento. Este ano, 24 delas foram selecionadas para mostrarem seus diferenciais e tentarem conquistar a plateia (composta por profissionais de Tecnologia e Viagens, muitos de empresas que investem em startups). Segundo a Phocuswright, 456 inovadores já passaram pelo evento, levantaram um total de US$ 3,9 bilhões depois de suas apresentações e 78 delas foram compradas.

O público da Phocuswright Conference é composto por mais de 1,7 mil profissionais, 850 empresas e 52 países. Fo total, há 75 jovens líderes, entre eles Edmar Mendoza, da brasileira Copastur. Os distribuidores são 26% do total, os fornecedores de tecnologia 35%, fornecedores em geral 14% e 58% são executivos sêniores, com alto poder de decisão.

Na manhã das startups, divididas por categorias, quatro executivos do mercado (chamados de dragões) faziam a sabatina após cada apresentação. As startups Airalo, TroopTravel, 30SecondstoFly e Exosonic foram as premiadas do dia, que terminou com uma entrevista com Greg O’Hara, da American Express Business Travel e Certares, um dos maiores investidores em empresas de Turismo, que tem negócios como a própria Amex GBT, AmaWaterways, Travel Leaders Group e Nirvana Travel.

O'Hara disse ter no pipeline US$ 9 bilhões em investimentos (a maioria para aquisições) e que a Amex investiu US$ 600 milhões em tecnologia própria. Para os próximos anos, ele quer investir mais em bem estar (wellness) e ecoaventura, pois é onde os maiores de 55 anos e os menores de 30 (que não investem mais em carro ou casa própria) estão gastando seu dinheiro. Viagens com essas finalidades são tendência, garante.


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STARTUPS

Na manhã das startups, os dragões (ou mentores jurados) foram bem assertivos nas perguntas: como seu projeto vai se sustentar? É uma boa ideia que deu certo no começo, mas e o próximo passo? Há viabilidade e sustentabilidade econômica? Poucos passaram nesse teste.

Outras três características estavam presentes na maioria das apresentações: suas empresas desenvolveram produtos e soluções baseados na personalização do serviço e da viagem; no consumidor digital; e com foco no lado de experiência das viagens.

A FlyMya, por exemplo, uma OTA que se adaptou às especificidades de Myanmar, quando crescer vai concorrer com as gigantes do Sudeste Asiático. Irá resistir?

Já a Pack up + Go vende viagens surpresa baseando-se em um formulário preenchido pelo cliente e em análises de dados na internet. Os passageiros vão atrás de bons preços ou de experiências?, perguntou uma jurada. Será que eles repetirão a viagem? Hoje esse índice é de apenas 10%.

A Gamitee é uma startup que abre a reserva para ser compartilhada por amigos ou familiares nas redes sociais. O grupo faz as escolhas junto... Mais uma vez, como manter a sustentabilidade econômica?

A Quessto tem um menu de games que os viajantes podem comprar e jogar durante a viagem, representando personagens (um PokemonGo com história). O viajante paga entre US$ 10 e US$ 20 por jogo (ou desafio) e vive essa história na viagem, quando e o quanto quiser.

A Occasion Genius vai atrás da experiência local, linkando o viajante com os eventos que estão acontecendo no período pré e pós e durante a viagem. Para evitar o “fear of missing out” (medo de perder os acontecimentos), há uma listagem de eventos baseados nos gostos do viajante, que escolhe ir mais cedo ou estender a viagem. Há curadores ara checar cada evento e as fotos dos mesmos exibidas no app.


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NA PRAIA

Uma das startups mais populares foi a Beachy, que levou um prêmio de segundo lugar. O app permite que hóspedes reservem cabanas, barracas, cadeiras, espreguiçadeiras e lugares nas piscinas e praias dos resorts com antecedência. E também comida e bebida. Já o hotel gerencia com os dados do app o que pode oferecer ao cliente, pois sabe exatamente onde ele está. Segundo a empresa, o tíquete médio do cliente cai 50%, a receita do resort aumenta 40% e as gorjetas triplicam. Ou seja, todos ganham.

A startup Pilota prevê a disrupção em voos e envia alternativas aos clientes. Já a Timeshifter garante que se o viajante seguir as recomendações do app, baseadas em um perfil preenchido rapidamente, o jetlag diminuirá drasticamente. A primeira viagem é gratuita.

A premiada Exosonic tem um projeto ousado de voos supersônicos e a Flyiin quer distribuir passagens aéreas sem os GDSs e priorizando novos pontos de venda.


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BAGAGEM

A NannyBag e a Stasher têm uma lista de locais para os viajantes deixarem sua bagagem por algum tempo. Ideal para quem está hospedado em casas e apartamentos, indo para eventos ou não pôde deixar no storage dos hotéis.

A também premiada Airalo vende chip de telefonia virtual, via QR Code. Ou seja, não há mais o chip físico. E a FlyMoney investiu em processos de pagamento adaptados à realidade de cada País (como os famosos boletos no Brasil).

A Setoo é uma startup que adianta problemas que merecerão um seguro, baseado nos medos e anseios do viajante. E a Bespoke facilita a comunicação com o viajante em casos de crises e disrupção.

A Snaptravel realiza reservas de hotel via aplicativos de mensagem. E a Mindsay garante ter chatbots desenhados especificamente para viagens, com custo bem baixo.

A 30SecondstoFly criou soluções tecnológicas para TMCs de pequeno e médio portes, que usam "tecnologias ultrapassadas", e a TravelStop tem ferramentas de gestão para o mesmo público. A TroopTravel é focada no uso de big data para ajudar o gestor e organizador de eventos a encontrar o melhor local e destino para seus congressos e encontros.

Em qual delas você investiria? Pesquise mais detalhes no site de cada uma delas, quem sabe a reposta para o que você precisa está em uma delas.

Artur Luiz Andrade

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