Karina Cedeño   |   21/11/2025 10:48
Atualizada em 21/11/2025 12:06

Como os hotéis de luxo podem aumentar sua visibilidade nas buscas de IA? Veja insights

Propriedades devem se tornar mais visíveis não apenas para hóspedes, mas também para os algoritmos


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Cada vez mais, a busca por IA se apoia em fontes confiáveis, informações consistentes e vozes com autoridade ao decidir quais marcas destacar
Cada vez mais, a busca por IA se apoia em fontes confiáveis, informações consistentes e vozes com autoridade ao decidir quais marcas destacar

À medida que a Inteligência Artificial se consolida como novo consultor de viagens, um levantamento da Spotlight Communications mostra que os hotéis de luxo estão correndo para permanecer visíveis nas respostas geradas por IA – e isso não apenas para hóspedes, mas também para os algoritmos.

A pesquisa sugere que essa visibilidade para a IA depende do que o estudo chama de credibilidade legível por máquina (MRC). Cada vez mais, a busca por IA se apoia em fontes confiáveis, informações consistentes e vozes com autoridade ao decidir quais marcas destacar. O estudo mostra que a busca por IA replica o pensamento humano, diferindo bastante de programas apoiados em SEO.

“A busca orientada por IA não apenas direciona viajantes, ela decide quem merece ser encontrado. A visibilidade agora depende da qualidade da narrativa, da autoridade da cobertura e das vozes independentes que o PR estabelece. PR não é mais apenas o que acontece quando a história é contada, é como a IA aprende a contá-la”

Lucy Clifton, CEO da Spotlight Communications

Produzido em colaboração com a Make Lemonade Fizz, agência de marketing digital especializada em SEO impulsionado por IA e estratégia de marca, o estudo analisou 15 marcas e teve como base três componentes principais: questionário estruturado, entrevistas qualitativas detalhadas e auditorias digitais independentes.

“A busca por IA recompensa o que ela entende, o que recebe de informação e o que vê repetido. Resumos gerados por IA agora moldam o que vemos on-line - cada artigo, citação e história alimenta o algoritmo que decide quem aparece”, destaca Maria Sze, fundadora da Make Lemonade Fizz.

A pesquisa reúne perspectivas de executivos da Dorchester Collection, Corinthia Hotels e Mantis Collection, além de propriedades independentes em diferentes experiências de luxo - hotéis em Nova York e Xangai, hotéis boutique na Itália, resorts nas Maldivas, clubes de praia no Caribe e charters de iates de luxo. Cada um compartilhou percepções sobre a pressão de manter integridade de marca e visibilidade em um mercado mediado por IA que agora classifica autoridade, relevância e sentimento como sinais-chave de visibilidade.

Insights destacados pelo estudo

O estudo revela uma mudança importante: autoridade de domínio (nota de 1 a 100 que prevê a probabilidade de um site aparecer nos resultados de busca), reputação editorial e estrutura de conteúdo legível por máquina estão influenciando quais marcas os sistemas de IA recomendam.

Confira, abaixo, oito insights destacados pelo levantamento:

1. Visibilidade importa mais do que o investimento em marketing

As viagens de luxo entram em uma era em que visibilidade importa mais do que o investimento em marketing. E a visibilidade depende cada vez mais da MRC, como algoritmos interpretam confiança, consistência e autoridade ao decidir que marcas destacar.

2. Ícones invisíveis

Pontuações de visibilidade em IA variam de 1 a 100. A maioria das propriedades avaliadas marcou entre 14 e 38, aparecendo em menos de quatro em cada dez buscas relevantes por IA. Marcas internacionais bem conhecidas, com forte presença na mídia, ultrapassaram 50/100. Mesmo grandes marcas navegam por território pouco explorado.

3. Paradoxo da performance

O estudo encontrou um paradoxo: desempenho técnico do site não se relaciona diretamente com visibilidade em IA. Hotéis com excelente velocidade tinham baixa visibilidade; outros com performance inferior dominavam recomendações da IA graças a forte autoridade de domínio e ampla cobertura editorial - ou seja, alto MRC.

4. Belos para humanos, invisíveis para algoritmos

A maioria dos sites analisados era visualmente impressionante, mas precisava da credibilidade que sistemas de IA conseguem ler, crucial para a visibilidade. Dados estruturados sobre tipo de propriedade, comodidades, prêmios, certificações e avaliações estavam ausentes, tornando esses hotéis invisíveis aos algoritmos.

5. Conteúdo, não cliques

Segundo o estudo, cobertura editorial supera táticas tradicionais de SEO na geração de visibilidade/MRC. Propriedades com menções frequentes em mídia confiável obtiveram visibilidade significativamente maior. Hotéis com mais de 1 mil citações mensais superaram amplamente os que tinham menos de 100.

6. Economia da confiança

Algoritmos filtram opções pela credibilidade percebida, destacando marcas bem avaliadas, frequentemente citadas e validadas por fontes editoriais e abertas. Hotéis com atividade consistente de PR tiveram taxas mais altas de recomendação pela IA.

7. Falta de compatibilidade com mecanismos de busca baseados em IA

Muitas propriedades que não investem em MRC precisam da estrutura necessária para melhorar desempenho, experiência do usuário e compatibilidade com mecanismos de busca baseados em IA.

8. Arquitetura da credibilidade

Cobertura da imprensa, backlinks confiáveis, endossos de especialistas e avaliações de hóspedes têm mais peso nas recomendações por IA do que campanhas pagas.

Como um participante resumiu: “A IA não lê seus anúncios, ela lê sua reputação.” E a reputação se torna uma forma de marketing de performance: descoberta por IA é conquistada, não comprada.

Para acessar o white paper completo "Invisível ou Influente: Viagens de Luxo na Era da Busca por IA", basta clicar neste link.

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Karina Cedeño

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Sobre o autor

Jornalista formada pela Faculdade Cásper Líbero em 2011 e com mais de dez anos de experiência em reportagens no setor de Turismo.