Sites de Turismo seguem sendo vitais nas compras de viagens dos brasileiros; veja ranking
De janeiro a outubro, sites de Viagens & Turismo registraram incríveis 2,8 bilhões de visitas no País

O ambiente digital continua sendo um dos pilares da jornada de compra de viagens no Brasil. Entre janeiro e outubro de 2025, os sites de Viagens & Turismo registraram incríveis 2,8 bilhões de visitas, alcançando 29,5% da população brasileira, de acordo com dados do SimilarWeb compartilhados com a PANROTAS.
Houve uma leve retração de 0,9% em relação ao mesmo período do ano passado, um movimento, segundo a SimilarWeb, que está ligado à migração de parte do público para os aplicativos, especialmente nas etapas de recompra, check-in e acompanhamento de viagens. Apesar dessa tendência, os sites seguem sendo peças fundamentais para descoberta, comparação e análise de preços e produtos.
Prova disso é a profundidade da navegação: o brasileiro acessa, em média, cinco (5) páginas por sessão, comportamento que indica uma jornada mais investigativa, na qual o consumidor compara múltiplas rotas, destinos, tarifas e tipos de produto antes de tomar sua decisão.
Booking mantém liderança absoluta; Latam e Gol recuam

O ranking do acumulado de 2025 (janeiro a outubro) revela que a Booking.com, que registrou 36,2 milhões de visitas mensais e detém 12,77% de participação, se reafirma como o principal hub digital do setor.
Em seguida no ranking, aparecem Uber (21,2 milhões), Latam Airlines (18,8 milhões), Airbnb (15,7 milhões) e 99 (11,5 milhões). Juntos, todos estes players concentram 36,5% do share de audiência.
Já entre as companhias aéreas, o cenário é de oscilação. A Latam caiu 23% em visitas de janeiro a outubro, enquanto a Gol recuou 17% (ambos movimentos associados ao avanço no uso de apps e ao foco das empresas em concentrar o relacionamento com o cliente em seus próprios ecossistemas móveis).
Top 15 sites de Turismo mais acessados do Brasil (janeiro a outubro)
- Booking.com – 36,2 milhões de visitas (+1,85%)
- Airbnb – 15,7 milhões de visitas (+17,10%)
- Uber – 21,2 milhões de visitas (+4,46%)
- Latam Airlines – 18,8 milhões de visitas (-23,11%)
- 99 – 11,5 milhões de visitas (+177,67%)
- Tripadvisor – 15,4 milhões de visitas (+1,30%)
- Decolar – 11,6 milhões de visitas (+5,69%)
- Azul – 9,6 milhões de visitas (+13,14%)
- Gol – 8 milhões de visitas (-17,42%)
- Localiza – 6,8 milhões de visitas (+5,99%)
- Clickbus – 6,3 milhões de visitas (-3,08%)
- Skyscanner – 5,8 milhões de visitas (+4,34%)
- AeroIN – 9,2 milhões de visitas (+5,90%)
- QueroPassagem – 6,1 milhões de visitas (-11,61%)
- CVC – 4,8 milhões de visitas (-5,30%)
Crescimento expressivo da 99 e avanços de Airbnb, Azul e Decolar
Entre os destaques positivos, a 99 chama atenção com um salto de +178% em visitas, impulsionado pelo fortalecimento do superapp e pela ampliação de produtos integrados ao cotidiano do usuário. De acordo com levantamento do SimilarWeb, também se destacam:
- Airbnb: +17% — tração contínua tanto na demanda quanto na oferta, com entrada de novos hosts.
- Azul: +13% — maior busca por passagens, rotas regionais e serviços pós-compra.
- Decolar: +6% — estabilidade da OTA com leve recuperação.
- Localiza: +6% — fortalecimento em aluguel corporativo e lazer.
Quedas refletem avanço de apps e mudança no comportamento digital

Os principais recuos (Latam, Gol, Quero Passagem, CVC e Clickbus) estão ligados a três fatores, de acordo com levantamento do Similar Web:
- Migração para aplicativos - O consumidor está priorizando apps para localizar reservas, acompanhar status de voos e fazer alterações rápidas. Já os sites continuam fundamentais para descoberta, comparação e primeira compra, mas apps ganham a etapa de fidelização.
- Desintermediação da jornada - Plataformas como Google Flights, IA generativa e apps de empresas aéreas estão tornando a pesquisa mais direta, reduzindo o tráfego para intermediários.
- Crescimento de superapps e marketplaces - Bancos digitais, carteiras e plataformas de cashback ampliaram seus ecossistemas de Travel. Agora, o setor concorre não apenas com OTAs, companhias aéreas e locadoras, mas com gigantes como Nubank, Mercado Pago e bancos tradicionais.