Da Redação   |   12/07/2022 12:43

Ablovex fala sobre os desafios de sustentar o terminal vip em GRU

Entidade aponta que divulgação desta novidade serviu para dar início à criação de sistemas de suporte

Divulgação/Egom PR Agency
Ablovex fala sobre os desafios de sustentar o terminal vip em GRU
Ablovex fala sobre os desafios de sustentar o terminal vip em GRU
Na semana passada foi assinada a concessão para a construção de um terminal vip de passageiros no Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo. Com 5,1 mil metros quadrados, inauguração prevista para o final de 2023 e investimento superior a R$ 80 milhões, o novo prédio será o primeiro terminal vip na América do Sul e o maior do mundo do gênero.

O espaço oferecerá todos os serviços disponíveis no aeroporto, incluindo segurança, manuseio de bagagem, compras duty-free, aluguel de carros e serviços de limusine, carga etc., entregues de maneira exclusiva.

Segundo a Ablovex – Associação Brasileira das Empresas de Locação de Veículos e Mobilidade Corporativa –, a divulgação desta novidade serviu para dar início à criação de sistemas legais de suporte a essa ação para atender de maneira eficiente e segura os passageiros que irão utilizar esse tipo de serviço.

Ao Portal PANROTAS, em abril deste ano, a entidade apontou que a atividade econômica de transporte executivo de passageiros não conta com regulamentação em nenhum dos mais de 5,6 mil municípios do Brasil. Diante disto, a associação mostra, em artigo, os desafios de sustentar o projeto de criação deste terminal.

Confira o texto na íntegra a seguir.

"A divulgação da criação do primeiro terminal First Class da América Latina em um prédio anexo ao terminal 3 de passageiros, no aeroporto de Guarulhos, também o maior da América Latina em extensão e o segundo maior no fluxo de passageiros – mais de 50 milhões de passageiros/ano e cerca de 830 pousos e decolagens diariamente –, serviu para dar início à criação de sistemas legais de suporte a essa ação, para atender de maneira eficiente e segura os passageiros que irão utilizar esse tipo de serviço.

Por sistemas legais, devemos considerar a criação de regras, que inexistem hoje, para que as empresas de transporte de superfície possam desenvolver suas atividades com os equipamentos que a iniciativa exige, sem os sobressaltos comuns, como os que acontecem no cotidiano do aeroporto.

O município de Guarulhos, em 20 de agosto de 2009, regulamentou, por meio da lei 6548, a utilização de veículos especiais no transporte individual e remunerado de passageiros, no âmbito privado, sem que, no entanto, fossem criadas as regras complementares para que empresas interessadas na atividade pudessem requerer o competente registro municipal para exploração do serviço.

Essa paralisação do processo regulatório tem nome e sobrenome, mas não iremos tratar dessa matéria, por enquanto. Os fatos que necessitam de tratamento são os que gerem as condições para sustentar a iniciativa da criação do terminal VIP de passageiros. Pelo aeroporto de Guarulhos entram a maioria dos investidores internacionais, representantes de grandes grupos empresariais, financeiros, científicos e industriais, vindos de todas as partes de mundo, em busca de terreno fértil para o aporte de bilhões de dólares em investimentos. O Brasil está no radar dessas corporações como o país de maior possibilidade de desenvolvimento e ampliação do business internacional, com relação aos BRICs.

Embora tenhamos inúmeros problemas a resolver, não apenas na área legislativa, ainda somos estigmatizados pela falta de gestão ambiental e pela enorme desigualdade social e algumas outras matérias que insistem em nos manter no terreno dos países do terceiro mundo, com um índice de desenvolvimento muito aquém do que deveríamos ter.

A criação desse espaço First Class será uma maneira de dar ao visitante VIP, seja ele internacional ou doméstico, um tratamento diferenciado e mais adequado às condições desse público. É necessário um olhar mais atento a esse segmento, que vai muito além do que se apresenta, principalmente na visão curta e míope de alguns setores da administração pública. A cidade de São Paulo, apesar de ser a locomotiva do País, também carece desse olhar minucioso, pois enfrenta os mesmos problemas. A visão curta parece ser característica comum aos dirigentes, quando alçados à condição de gestores públicos.

Ablovex Associação"


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