Pedro Menezes   |   12/02/2025 22:48
Atualizada em 12/02/2025 22:53

Itapemirim tem a venda de seus ativos autorizada pela justiça

Entre os ativos a serem vendidos, estão guichês e mais de 120 linhas interestaduais por todo o Brasil


Divulgação/Grupo Itapemirim
O valor total destes ativos pode chegar a R$ 80 milhões, segundo o Valor, e a venda deve ser concluída em 90 dias
O valor total destes ativos pode chegar a R$ 80 milhões, segundo o Valor, e a venda deve ser concluída em 90 dias

Pouco mais de três anos após ter sua falência decretada, com uma dívida que superava os R$ 100 milhões, a Itapemirim teve seu processo de venda da marca e ativos autorizada pela Justiça, que, segundo o jornal Valor, estão guichês e mais de 120 linhas interestaduais, por todo o Brasil. O valor total destes ativos pode chegar a R$ 80 milhões, segundo o jornal, e a venda deve ser concluída em 90 dias.

Na época da falência do Grupo Itapemirim, a Justiça autorizou o arrendamento de ativos da Itapemirim para a Transportadora Turística Suzano, visando a liquidação eficiente dos ativos do Grupo Itapemirim, em momento oportuno, resguardando os interesses da coletividade de credores.

A Suzantur, que opera as linhas da Itapemirim desde então, foi autorizada a seguir nesta operação por mais 180 dias, já que os ativos serão vendidos (e não mais arrendados) e o vencimento deste contrato ocorreria neste mês, mais precisamente no dia 24, como informa o Valor. A justiça prorrogou a operação para evitar interrupções de serviços e assim proteger os consumidores.

E a situação da ITA Transportes Aéreos?

Divulgação
ITA Transportes Aéreos encerrou suas atividades em dezembro de 2021, suspendendo voos de maneira repentina e afetando a vida de cerca de 133 mil passageiros
ITA Transportes Aéreos encerrou suas atividades em dezembro de 2021, suspendendo voos de maneira repentina e afetando a vida de cerca de 133 mil passageiros

A aérea brasileira, de propriedade de Sidnei Piva de Jesus, encerrou suas atividades em dezembro de 2021, suspendendo voos de maneira repentina e afetando a vida de cerca de 133 mil passageiros. A decisão da aérea resultou em uma ação do Procon que pedia multa de R$ 11 milhões, à época, além da realocação dos passageiros em outros voos comerciais.

Antes de encerrar suas atividades, a Itapemirim convivia com atrasos de salários e benefícios de funcionários, incluindo suspensão dos planos de saúde de seus colaboradores, além de constantes dívidas com seus fornecedores. A empresa era alvo constante de reclamações de clientes, fosse no atendimento prestado, no descumprimento de horários ou no cancelamento de diversos voos.

Em setembro de 2023, a Justiça de São Paulo decretou a falência da Itapemirim Transportes Aéreos. A decisão foi do juiz João de Oliveira Rodrigues Filho, que nomeou a Exm Partners como administrador judicial da Ita, que terá 180 dias para arrecadar e avaliar todos os bens da empresa.

Pouco tempo depois, a Justiça de São Paulo suspendeu o decreto de falência da companhia aérea. Na época, o desembargador Azuma Nish considerou que a empresa de tecnologia que havia entrado com o pedido de falência da aérea optou por desistir da ação, suspendendo assim o decreto. E o processo segue parado até hoje.

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