Raphael Silva   |   28/02/2018 09:30

Expedia:Brasil não deve alcançar o México tão cedo

Infraestrutura, posição geográfica e Turismo como potência econômica são trunfos do território mexicano sobre o brasileiro

Reprodução/ Twitter
Situado na base mexicana da Expedia, Mario Ribera destaca o potencial do Brasil, mas exalta infraestrutura evoluída do México
Situado na base mexicana da Expedia, Mario Ribera destaca o potencial do Brasil, mas exalta infraestrutura evoluída do México
O Brasil aparece atrás apenas do México no ranking dos negócios da América Latina da Expedia, e esse bom desempenho parece ter contagiado as outras marcas do Grupo Expedia Inc que atuam na região. Nesta semana, líderes de operações como Hotels.com e o negócio de parcerias hoteleiras Lodging Partner Services (LPS) desembarcaram no País para reafirmar a aposta no mercado nacional, mas com a ressalva de que, para eles, ainda não tem condições de alcançar o mexicano.

O Brasil, na visão dos executivos, perde para o país da América do Norte em viagens domésticas, no receptivo internacional e até mesmo como mercado emissor.

"O Brasil tem potencial, mas o México tem alguns trunfos que o colocam à frente", revelou o vice-presidente da Expedia LPS na América Latina, Mario Ribera, ao Portal PANROTAS. A começar pela posição privilegiada, a poucas horas de voo dos Estados Unidos e banhado pelo mar do Caribe, o território mexicano é visto como um hub mundial, seja para aviação ou para os cruzeiros. Esses, porém, não são os únicos pontos que separam Brasil e México, segundo o VP, que trabalha na sede mexicana da Expedia.

"A infraestrutura de destinos como Cancun e Puerto Vallarta, por exemplo, passou por uma grande evolução nos últimos anos, com investimento privado e público para torná-lo o que é hoje", elogiou Ribera. Ele ainda fez questão de destacar a importância do Turismo no PIB mexicano, referindo-se aos quase 20% de toda a produção comercial do país. "Isso não acontece da noite para o dia", completou.

Já no Brasil, a crise econômica comprovou que o turista pode encontrar novas maneiras de viajar quando o dinheiro é curto. Períodos menores de viagens e destinos domésticos em alta formaram um padrão no mercado, e que a Expedia também sentiu. Mesmo sem revelar números, o diretor de estratégia e desenvolvimento de negócios para América Latina, Otávio Calixto, detalhou os crescentes destaques internos do Turismo nacional.

São Paulo, Rio de Janeiro e Porto Alegre, respectivamente, são responsáveis por liderar o ranking de viagens domésticas comercializadas via OTA Expedia. As vendas internas na América Latina, porém, têm em Santiago, no Chile, a grande tendência. "Tanto na Argentina quanto no Brasil temos tido um volume muito interessante para Santiago", completou Calixto.

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