Ex-funcionária acusa Web Viagens de enganar clientes
Após quatro anos de vínculo empregatício, Lana Budukievicz decidiu escrever ao Portal PANROTAS sobre sua passagem pela Web Viagens.
Após quatro anos de vínculo empregatício, Lana Budukievicz decidiu escrever ao Portal PANROTAS sobre sua passagem pela Web Viagens. Como líder de Vendas, a profissional afirma ter intermediado uma série de cancelamentos de viagens que, segundo ela, não eram feitos de “forma correta”.
Isso porque Lana tinha a atribuição de avisar os passageiros, dias antes das viagens, que os pacotes adquiridos não poderiam ser honrados na data solicitada. Os casos tinham uma resposta padrão: a empresa recomendava aos clientes a compra de uma nova viagem e solicitação de reembolso do valor já pago.
“Tenho diversos e-mails que comprovam que ela [Web Viagens] vende, mas não cumpre. Os passageiros são enganados”, acusa a ex-funcionária, afirmando que, em dezembro, “nenhum passageiro embarcou”. Em documentos enviados ao Portal PANROTAS, é possível comparar os casos e entender a gravidade da situação. Já no site Reclame Aqui, plataforma que coloca frente a frente consumidores e empresas, a Web Viagens possuía, até o fechamento desta matéria, 320 reclamações, 73 delas não atendidas. O tempo médio de resposta dos últimos três meses é de 13 dias e oito horas. Ao pesquisar sobre os motivos das reclamações, reembolsos não realizados e cancelamentos em cima da hora são uma constante.
“Fora isso, desde novembro de 2015 estão demitindo diversos funcionários sem pagar absolutamente nada. Eu mesma saí e até hoje não recebi a rescisão, devido a isso não fui homologada e não posso ao menos receber meu FGTS que, inclusive, só está depositado até julho. É um descaso”, completa ela, citando casos de outros funcionários demitidos que passam pela mesma situação.
EMPRESA NEGA
Por meio de assessoria de imprensa, a Web Viagens classificou as denúncias como “infundadas e equivocadas” e que é uma “empresa idônea, que honra suas obrigações trabalhistas e preza pela qualidade dos serviços prestados aos seus consumidores”.
Em um dos trechos da resposta, a OTA admite dificuldades frente ao cenário instável que vive o País, que impactou diretamente na queda de demanda e falta de recursos, mas está buscando gerenciar as obrigações da melhor forma possível junto aos colaboradores e clientes, “com dignidade e seriedade”.
“Em algumas situações, não conseguimos solucionar todas as obrigações simultânea e imediatamente, inclusive devido ao impacto que a crise econômica e a alta do dólar tiveram sobre a nossa receita e lucratividade. Isto pode ter acarretado algum atraso em determinados casos, o que não significa que a Web Viagens não está ou não cumprirá suas obrigações. Estamos buscando manter a empregabilidade de nossos 50 funcionários - em um cenário no qual as empresas têm promovido demissões em grande escala -, em um esforço conjunto e com apoio mútuo.”
Com relação aos problemas envolvendo funcionários demitidos, a empresa afirma que segue a legislação, que prevê, nos casos em que o pagamento da rescisão não é feito dentro do prazo de dez ou 30 dias – respectivamente para aviso prévio indenizado e trabalhado –, não há prazo definido para o pagamento da mesma, devendo, nessa situação, ser paga uma multa. “No caso da Web Viagens, consta que há apenas cinco funcionários nesta condição, que já receberam o valor da multa de um salário estipulada pela CLT para atrasos no pagamento da rescisão.”
No caso do não pagamento do FGTS dos funcionários, a OTA afirma que tem liberdade para pagar os devidos encargos no momento que achar mais conveniente, e que cumprirá com os deveres o mais breve possível, ciente dos encargos que envolvem essa escolha.
CANCELAMENTOS FORAM PONTUAIS
Outra explicação também para a acusação envolvendo cancelamentos de viagens e não cumprimento de acordos com consumidores.
“Em dezembro de 2015 houve alguns cancelamentos pontuais de viagens, devido a um desacordo comercial com um fornecedor internacional. Os casos já foram solucionados e todos os clientes já reservaram uma nova data de viagem. Em relação aos reembolsos, a Web Viagens esclarece que cumpre seus compromissos, e que os reembolsos pendentes serão pagos dentro do prazo previsto pela lei, de seis meses”.
Sem Iata desde agosto do ano passado, a Web Viagens revela que sofreu uma suspensão temporária do órgão devido à falta de documentação. A previsão é que o registro seja regularizado ainda no primeiro semestre de 2016, já que não há qualquer débito pendente.
Isso porque Lana tinha a atribuição de avisar os passageiros, dias antes das viagens, que os pacotes adquiridos não poderiam ser honrados na data solicitada. Os casos tinham uma resposta padrão: a empresa recomendava aos clientes a compra de uma nova viagem e solicitação de reembolso do valor já pago.
“Tenho diversos e-mails que comprovam que ela [Web Viagens] vende, mas não cumpre. Os passageiros são enganados”, acusa a ex-funcionária, afirmando que, em dezembro, “nenhum passageiro embarcou”. Em documentos enviados ao Portal PANROTAS, é possível comparar os casos e entender a gravidade da situação. Já no site Reclame Aqui, plataforma que coloca frente a frente consumidores e empresas, a Web Viagens possuía, até o fechamento desta matéria, 320 reclamações, 73 delas não atendidas. O tempo médio de resposta dos últimos três meses é de 13 dias e oito horas. Ao pesquisar sobre os motivos das reclamações, reembolsos não realizados e cancelamentos em cima da hora são uma constante.
“Fora isso, desde novembro de 2015 estão demitindo diversos funcionários sem pagar absolutamente nada. Eu mesma saí e até hoje não recebi a rescisão, devido a isso não fui homologada e não posso ao menos receber meu FGTS que, inclusive, só está depositado até julho. É um descaso”, completa ela, citando casos de outros funcionários demitidos que passam pela mesma situação.
EMPRESA NEGA
Por meio de assessoria de imprensa, a Web Viagens classificou as denúncias como “infundadas e equivocadas” e que é uma “empresa idônea, que honra suas obrigações trabalhistas e preza pela qualidade dos serviços prestados aos seus consumidores”.
Em um dos trechos da resposta, a OTA admite dificuldades frente ao cenário instável que vive o País, que impactou diretamente na queda de demanda e falta de recursos, mas está buscando gerenciar as obrigações da melhor forma possível junto aos colaboradores e clientes, “com dignidade e seriedade”.
“Em algumas situações, não conseguimos solucionar todas as obrigações simultânea e imediatamente, inclusive devido ao impacto que a crise econômica e a alta do dólar tiveram sobre a nossa receita e lucratividade. Isto pode ter acarretado algum atraso em determinados casos, o que não significa que a Web Viagens não está ou não cumprirá suas obrigações. Estamos buscando manter a empregabilidade de nossos 50 funcionários - em um cenário no qual as empresas têm promovido demissões em grande escala -, em um esforço conjunto e com apoio mútuo.”
Com relação aos problemas envolvendo funcionários demitidos, a empresa afirma que segue a legislação, que prevê, nos casos em que o pagamento da rescisão não é feito dentro do prazo de dez ou 30 dias – respectivamente para aviso prévio indenizado e trabalhado –, não há prazo definido para o pagamento da mesma, devendo, nessa situação, ser paga uma multa. “No caso da Web Viagens, consta que há apenas cinco funcionários nesta condição, que já receberam o valor da multa de um salário estipulada pela CLT para atrasos no pagamento da rescisão.”
No caso do não pagamento do FGTS dos funcionários, a OTA afirma que tem liberdade para pagar os devidos encargos no momento que achar mais conveniente, e que cumprirá com os deveres o mais breve possível, ciente dos encargos que envolvem essa escolha.
CANCELAMENTOS FORAM PONTUAIS
Outra explicação também para a acusação envolvendo cancelamentos de viagens e não cumprimento de acordos com consumidores.
“Em dezembro de 2015 houve alguns cancelamentos pontuais de viagens, devido a um desacordo comercial com um fornecedor internacional. Os casos já foram solucionados e todos os clientes já reservaram uma nova data de viagem. Em relação aos reembolsos, a Web Viagens esclarece que cumpre seus compromissos, e que os reembolsos pendentes serão pagos dentro do prazo previsto pela lei, de seis meses”.
Sem Iata desde agosto do ano passado, a Web Viagens revela que sofreu uma suspensão temporária do órgão devido à falta de documentação. A previsão é que o registro seja regularizado ainda no primeiro semestre de 2016, já que não há qualquer débito pendente.