Claudio Schapochnik   |   21/09/2009 11:40

Segmento lazer cresce nos voos entre Brasil-EUA

O número de voos entre o Brasil e os Estados Unidos vai crescer e, por segmento, o lazer está em franco crescimento

O número de voos entre o Brasil e os Estados Unidos vai crescer e, por segmento, o lazer está em franco crescimento. Esse quadro foi apresentado hoje pela manhã na palestra “Panorama do Tráfego Aéreo Brasil x Estados Unidos e Tendências para os Próximos Anos”, na Câmara Americana de Comércio de São Paulo (Amcham-SP). Por iniciativa do Comitê de Viagens e Negócios, presidido por Bernardo Feldberg, participaram Filipe Reis, diretor da Iata Brasil, Klaus Kühnast, diretor comercial da Tam, e Luiz Camillo, gerente de Vendas Brasil da United Airlines.

Filipe Reis, da Iata, fez uma abordagem ponderada. O diretor disse que o impacto da crise vem diminuindo no setor aéreo, mas o prejuízo ainda é bem grande. “Em 2008, as aéreas associadas à Iata perderam US$ 16,8 bilhões. Nossas previsões para este ano é de US$ 11 bilhões e para 2010, de US$ 3,8 bilhões”, disse ele. Por segmento, as receitas nas classes executiva e primeira caíram 40%. “Aqui no Brasil, no BSP, apuramos cerca de US$ 3 bilhões por ano, e nesse ano não chegaremos a esse número.”

Em relação ao tráfego Brasil-Estados Unidos hoje, as aéreas norte-americanas (American, United, Continental e Delta) têm 126 voos semanais e a Tam, única aérea brasileira no segmento, tem 53 voos semanais. “A cobertura melhorou muito nos últimos dez anos e vem aí a operação da US Airways e pode ser que a Tam amplie o número de rotas”, destacou Reis.

Apesar dos números negativos apresentados por Reis, Klaus Kühnast afirmou que “a Tam é sempre mais otimista que os números nos mercados nacional e internacional e, em relação ao destino Estados Unidos, onde temos três serviços próprios (Nova York, Miami e Orlando) e um code-share com a United, a companhia está muito forte e vê o segmento de lazer crescer bastante”. Segundo o executivo, hoje as vendas internacionais da Tam somam 25% do share da empresa. “Desse percentual, os Estados Unidos somam 27%.”

O otimismo também fez parte da apresentação de Luiz Camillo. “O Brasil é um destino estratégico e que traz resultados excelentes para a United”, disse Camillo. O executivo concordou com Kühnast no crescimento do lazer, quando apresentou dados oficiais do US Travel quanto ao número de brasileiros que visita o país. “Entre janeiro e julho deste ano, o segmento corporativo caiu 27% e o lazer cresceu 18%.” Ele assegurou ainda que os Boeing 777, que também fazem o serviço entre os dois países, estarão com o interior totalmente renovados até o final de 2010.

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