Danilo Teixeira Alves   |   10/07/2014 16:23

Efromovich (Avianca) revolta-se com política de slots

O presidente da Avianca, José Efromovich, afirmou que a sua companhia será prejudicada pela resolução da Anac que trata sobre a distribuição de slots (horários de chegadas e partidas) dos aviões no aeroporto de Congonhas, em São Paulo.

O presidente da Avianca, José Efromovich (foto), afirmou que a sua companhia será prejudicada pela resolução da Anac, que trata sobre a distribuição de slots (horários de chegadas e partidas) dos aviões no aeroporto de Congonhas, em São Paulo. O empresário diz que a resolução é “desestimuladora” e que inibe o crescimento da Avianca, se comparada às suas outras três concorrentes: Azul, Tam e Gol.

“Quando se falou em aumento e ampliação do mercado, nós vimos essa novidade como uma maravilha. Porém, quando fomos analisar as fórmulas para a distribuição dos slots, vimos que receberíamos menos horários só porque temos um market share menor”, disse. De acordo com ele, a resolução que deveria promover, estimular e incentivar a concorrência, faz justamente o contrário.

“Quando você distribui uma nota melhor a uma empresa com market share maior, você está concentrando ainda mais a participação das lideres”, disse, bastante preocupado.

Os slots começam a ser distribuídos em 1º de agosto, com prioridade para as empresas chamadas entrantes - que nunca operaram em Congonhas, que têm até 12% de slots no aeroporto ou operam com aeronaves com mais de 90 lugares. A redistribuição será definida pela Anac. “Como a Azul possui o dobro da nossa participação, para cada horário que a gente receber, eles vão receber dois”, exemplificou, mostrando sua maior preocupação.

Na segunda fase, que ocorrerá entre outubro de 2014 e março de 2015, as empresas que atuam no aeroporto serão avaliadas quanto à eficiência operacional. Contará a pontualidade e assiduidade dos voos e os investimentos que as companhias aéreas farão na aviação regional. “Nesse caso, sairemos mais prejudicados ainda, pois vamos concorrer também com as duas maiores empresas aéreas do País”, disse. “Vai ganhar somente quem tem uma boa fatia do mercado”, completou.

Para o dirigente, o ideal para o setor seria que a distribuição fosse de maneira igualitária, baseada em critérios de eficiência. “Do jeito que a resolução está, nosso crescimento está bloqueado”, garantiu o presidente. Efromovich disse que pedirá uma audiência para pública para se posicionar contra a atual distribuição. “Se for preciso, vamos conversar até com a presidente, Dilma Rousseff”, concluiu.

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