Da Redação   |   12/12/2014 12:30

Greve geral na Itália causa cancelamento de voos

Duas das principais centrais sindicais da Itália convocaram para hoje uma greve geral de oito horas, em protesto ao ritmo das reformas econômicas e sociais do governo do primeiro ministro, Matteo Renzi, implantadas com o objetivo de tirar o país da crise.

DA AGÊNCIA BRASIL

Duas das principais centrais sindicais da Itália convocaram para hoje uma greve geral de oito horas, em protesto ao ritmo das reformas econômicas e sociais do governo do primeiro ministro, Matteo Renzi, implantadas com o objetivo de tirar o país da crise. Mais de 50 manifestações estão previstas para várias cidades italianas durante a jornada de greve geral, que começou no início da manhã.

Os transportes serão o setor mais afetado pelo movimento, além de diversos serviços públicos. Dezenas de voos foram cancelados ou adiados nos principais aeroportos do país, os serviços nas três linhas de metrô de Roma estão suspensos e o restante do transporte urbano, em número reduzido, vai funcionar apenas nos horários de pico. A greve foi convocada pela principal central sindical da Itália, a CGIL, de esquerda, e a terceira mais importante, a UIL, moderada.

O principal alvo dos protestos é a Lei Laboral de Matteo Renzi (socialista), aprovada pelo Parlamento na semana passada, e que, visando a encorajar a contratação, facilita a demissão e reduz os direitos e a proteção dos trabalhadores nos primeiros anos de contrato. Os sindicatos criticam igualmente o projeto de Orçamento do Estado para 2015, ao considerar insuficientes as medidas de relançamento da economia.

Desde que assumiu a chefia do governo, em fevereiro, Matteo Renzi mantém relações tensas com os sindicatos, ao eliminar ações de melhoria social em diversas áreas. Renzi disse “respeitar muito” a greve geral, mas “não partilhar das suas motivações”, desejando “bom trabalho a quem for trabalhar e boa sorte a quem fizer greve”.

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