Henrique Santiago   |   02/03/2016 17:22

Tap corta 11 frequências para o Brasil; EUA crescem

O diretor de Vendas da transportadora, Carlos Paneiro, revela que, assim como outras empresas fizeram, é necessário adaptar a oferta à procura.

Parceira do Brasil há décadas, a Tap, recém-adquirida pelo consórcio Gateway, do fundador da Azul, David Neeleman, e Humberto Pedrosa, sente o impacto negativo da economia brasileira. A companhia aérea portuguesa irá reduzir as existentes 77 frequências semanais para 66, segundo informações do Presstur.

O diretor de Vendas da transportadora, Carlos Paneiro, revela que, assim como outras empresas fizeram, é necessário adaptar a oferta à procura. Um dos recentes cancelamentos da portuguesa foi a rota que liga Manaus a Lisboa.

“Existe uma quebra acentuada no mercado brasileiro que não tem só que ver com volume. Tem também que ver com o que chamamos tarifa média em ‘boa moeda’, ou seja, em dólares ou euros. Com a desvalorização do real, brasileiro paga pela passagem aérea mais reais do que pagava no ano passado”, explicou.

Embora invista na promoção do Brasil na Europa, a Tap acredita que o público final demora a ter a percepção de que o País, com a moeda desvalorizada, está mais barato. Paneiro aponta, ainda, que o zika vírus é um dos fatores prejudiciais para aumentar o fluxo de portugueses e europeus ao mercado brasileiro.

SURPRESA
Após anunciar novos voos para Estados Unidos (Nova York e Boston), a companhia aérea afirma que as reservas superaram as expectativas. As vendas iniciaram em 22 de fevereiro e, segundo Paneiro, estão próximas de dez mil para ambos os destinos.

Procurada, a Tap não soube informar quais rotas foram afetadas pelo corte.

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