Maria Izabel Reigada   |   29/03/2017 16:59

Airbus projeta demanda de 1,4 mil aviões para o Brasil

A América Latina e o Caribe terão demanda por mais 2,5 mil aeronaves até 2035, segundo o Global Market Forecast da Airbus

A.Doumenjou/Master Films
A320neo da Azul, uma das aéreas brasileiras com encomendas junto à Airbus
A320neo da Azul, uma das aéreas brasileiras com encomendas junto à Airbus
A América Latina e o Caribe terão demanda por mais 2,5 mil aeronaves até 2035. Delas, mais de 1,4 mil serão para o mercado brasileiro, segundo o Global Market Forecast da Airbus. Apresentada nesta tarde dentro da programação do International Brazil Air Show, a projeção mostra o otimismo da fabricante europeia de aeronaves com a região, onde opera atualmente mais de 600 aviões. “Não há dúvidas de que há um sólido crescimento de longo prazo esperado para a América Latina, e vemos que as aeronaves de corredor único são a principal demanda”, explicou o presidente da Airbus para América Latina e Caribe, Rafael Alonso.

Para ele, nos próximos 20 anos a região será influenciada pela entrada de companhias aéreas de baixo custo, especialmente em mercados como Colômbia, Chile e Peru. “Esse modelo de negócios terá impacto sobre a dinâmica de mercado nos próximos anos, especialmente nas viagens domésticas e inter-regionais. Para o futuro, vemos uma boa oportunidade para as transportadoras da região serem mais otimistas com relação ao desenvolvimento de rotas inter-regionais, um espaço em que a América Latina é menos desenvolvida do que outras regiões.”

Rafael Alonso, presidente da Airbus para América Latina e Caribe
Rafael Alonso, presidente da Airbus para América Latina e Caribe
O presidente regional comemorou o aumento no market-share da empresa na América Latina, onde saltou de 13% no ano 2000, com apenas 91 aviões, para 53% no final do ano passado – e um total de 619 aeronaves. “Nossa presença vai continuar a crescer, ano a ano”, defendeu, afirmando que a empresa quer manter projeta market-share de 60% na região, considerando a demanda prevista para 2035. Ele mostrou ainda que, em 2003, cerca de 10% dos voos da região foram operados por aéreas de baixo custo, percentual que cresceu para 38% no ano passado. “Quero destacar que 58% dos aviões das aéreas baixo custo aqui na região são da Airbus, mais um dado a ser comemorado.”

Os novos aviões que deverão integrar as frotas das aéreas latino-americanas até 2035 representam US$ 350 bilhões em investimentos. Eles demandarão 44,4 mil novos pilotos e 42,5 mil novos técnicos e mecânicos. No Brasil, dos 1.414 que serão necessários até 2035, 1.061 deverão ser aeronaves de corredor único; 328 serão widebodies e 25 VLA (very large airplanes). “Os aviões maiores serão cada vez mais demandados, sendo uma alternativa para amenizar o congestionamento nos aeroportos”, alerta.

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