Antonio R. Rocha   |   24/07/2017 12:24

Inframérica garante pontualidade nas obras em Natal

Empresa confirma que as obras no Aeroporto Internacional Aluízio Alves não durarão nem um dia a mais do que o previsto 


Antonio R. Rocha
Roberto de Oliveira e Juan Horácio Djedjeian, diretores da Inframérica
Roberto de Oliveira e Juan Horácio Djedjeian, diretores da Inframérica
Dois diretores da Inframérica, considerada a maior operadora aeroportuária privada do mundo (53 aeroportos na América Latina e Europa), que administra o Aeroporto Internacional Aluízio Alves, em São Gonçalo do Amarante, na Grande Natal, estiveram na sexta-feira passada (21) na capital potiguar para reuniões com concessionários do aeroporto e representantes de empresas aéreas. Trouxeram na bagagem uma "ferramenta" essencial em tempos de preocupação geral com as obras na pista principal do equipamento, que se realizarão de 11 de setembro a 10 de outubro. O diretor de Operações da Inframérica, o argentino Juan Horácio Djedjeian, foi direto e enfático.

"No dia 11 de outubro a pista principal do aeroporto estará totalmente concluída, com estrutura para mais 15 anos de operações. Qualquer atraso está descartado. As soluções são técnicas e certeiras. Não fazemos uma promessa. Damos uma garantia. Creio que há muito temor do mercado, até natural, mas se trata de uma obra considerada corriqueira na aviação. A segurança é sempre prioridade. Houve problema? Obra urgente. Os empresários de Turismo do Rio Grande do Norte e a população em geral podem confiar. As obras não passarão de um mês", afirma.

O diretor lembra ainda que o outro aeroporto que a Inframérica administra no Brasil (Brasília) também já enfrentou remanejamentos e cancelamentos de voos quando passou por obras em uma de suas duas pistas. No caso específico do aeroporto de Natal, Djedjeian diz que o problema foi no binder, uma espécie de capa que envolve as camadas de asfalto. "Não detectamos insuficiência de asfalto na pista e também não temos como dizer se houve falhas na construção, pois quando passamos a administrar o aeroporto a pista já estava pronta", recorda.

PROBLEMAS
Ele confessa que, quando as fendas na pista principal do aeroporto de Natal foram detectadas, há cerca de um ano, a ideia inicial foi fechar o equipamento para obras, o que seria bastante problemático. "Montamos uma equipe de avaliação do problema e conseguimos contornar a situação. Ou seja: executar as obras com o aeroporto em funcionamento. Vale lembrar que já fechamos alguns aeroportos entre os 53 que administramos na América do Sul e Europa para executarmos obras importantes. Um exemplo foi Mendoza, na Argentina, cujo aeroporto ficou dois meses em obras. E tudo foi contornado, sem grandes prejuízos", salienta.

O custo total da obra, segundo o diretor de Operações da Inframérica, será de R$ 8 milhões, dos quais R$ 2 milhões para adaptar a taxiway (espécie de pista auxiliar) para pousos e decolagens durante as obras na pista principal. Este trabalho, comenta Djedjeian, já começou na verdade há 45 dias. As usinas de asfalto que reforçarão a pista, diz ele, também já estão na estrada, a caminho de Natal.

"O cumprimento da taxiway é o mesmo da pista principal, de quase três mil metros. Só não é possível operar à noite, pois ela não tem iluminação. Daí temos que cancelar pousos e decolagens entre 17h e 5h. Quanto ao período específico das obras, atendemos a um pedido da Abear para não incluir os feriados de 7 de setembro e 12 de outubro", reforça

O diretor de Desenvolvimento e Rotas da Inframérica, Roberto de Oliveira, que em 2014 proferiu palestra no Centro de Convenções de Natal, comenta que o número de voos cancelados precisa ser melhor explicado à população: "Quando a Gol, por exemplo, anuncia o cancelamento de 70 operações durante as obras do aeroporto, está incluindo voos chegando e saindo. Ou seja: dá uma média de pouco mais de uma operação por dia, pois são 35 operações de ida e volta interrompidas em 30 dias".

Apesar do crescimento de 7,2% verificado no primeiro semestre de 2017, Oliveira observa que o movimento no ano passado ficou aquém do esperado. Chegou a 2,3 milhões de passageiros. O ideal, garante, seria ao menos três milhões de usuários. Ou seja: a metade da capacidade total do aeroporto, projetado para seis milhões de passageiros ao ano.

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