Rafael Faustino   |   17/10/2017 14:09

Easyjet assume disputa por ativos de Alitalia e Air Berlin

Depois da Lufthansa anunciar, ontem, acordo de 210 milhões de euros pelas subsidiárias da Air Berlin, Niki e LGW, totalizando 1,7 mil funcionários e 50 aeronaves, a Easyjet confirmou que efetuou uma expressão concreta de interesse por parte da Alitalia.

AIRBUS S.A.S 2017

A se basear pelas notícias e rumores de mercado desde que a italiana Alitalia e a alemã Air Berlin anunciaram processos de insolvência e se colocaram em busca de compradores, Lufthansa e Easyjet deverão ficar com os espólios as aéreas.

Depois da Lufthansa anunciar, ontem, acordo de 210 milhões de euros pelas subsidiárias da Air Berlin, Niki e LGW, totalizando 1,7 mil funcionários e 50 aeronaves, a Easyjet confirmou que efetuou uma expressão concreta de interesse por parte da Alitalia, enquanto ainda analisa também a compra de parte dos ativos da Air Berlin.

"A Easyjet submeteu uma expressão de interesse em certos ativos de uma reestruturada Alitalia, consistente com a nossa estratégia atual para a Itália. Não há certeza de que a transação irá se concretizar, e daremos mais informações sobre atualizações no negócio quando for mais apropriado", disse a companhia em comunicado à bolsa de valores de Londres.

A Easyjet tem como principal concorrente a Lufthansa, que, com a aquisição dos ativos da Air Berlin (ainda esperando a autorização dos órgãos reguladores), vai reforçar as operações da low cost rival da Easyjet, Eurowings. Enquanto isso, a Easyjet afirma que continua negociando para também ficar com parte da empresa alemã. "Se chegarmos a um acordo e este for aprovado por todas as entidades regulatórias, a transação resultaria em uma operação de 25 A320 no aeroporto Berlin Tegel", comentou a Easyjet.

Tanto Air Berlin quanto Alitalia passaram a ter dificuldades quando a Etihad Airways, com participação em ambas, retirou seu apoio financeiro das companhias. A Ryanair também era cotada como possível compradora de partes dos negócios, mas, diante de problemas de operação da companhia, deve ficar fora do páreo.

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