Leonardo Ramos   |   01/02/2018 15:00

Qantas: 1º voo transpacífico com biocombustível da história

Biocombustível baseado em semente de mostarda é usado em voo LAX-Melbourne; redução de emissão de carbono pode chegar a 80%

Nesta semana, um voo da Qantas partiu de Los Angeles, Estados Unidos, a Melbourne, Austrália, utilizando biocombustível, e ficou marcado como o primeiro serviço aéreo transpacífico utilizando esse tipo de combustível na história.

Divulgação
Um Boeing 787-9 está utilizando o biocombustível em voo LAX-Melbourne; redução de emissão de carbono pode chegar a 80%
Um Boeing 787-9 está utilizando o biocombustível em voo LAX-Melbourne; redução de emissão de carbono pode chegar a 80%
Com duração de 15 horas (a mudança de fuso horário faz com que a aterrissagem aconteça dois dias depois da decolagem), o histórico voo LAX-Melbourne carregava 24 toneladas de biocombustível combinado - isso deve levar a uma redução de 18 toneladas da emissão de carbono do Boeing 787-9 Dreamliner, aeronave responsável pelo trajeto.
Qantas
Brassica Carinata, semente de mostarda industrial utilizada para produzir o biocombustível
Brassica Carinata, semente de mostarda industrial utilizada para produzir o biocombustível

"O Qantas Dreamliner marca uma nova e empolgante era de inovação e de viagem. A aeronave é mais eficiente em termos de combustível e gera menos emissões de gases do efeito estufa do que as aeronaves de tamanho similar, e o voo de hoje verá uma redução adicional nesta rota", afirmou a CEO da Qantas, Alison Webster, na ocasião.

A aérea australiana está utilizando um biocombustível processado da Brassica Carinata, um tipo de semente de mostarda industrial desenvolvido pela empresa de tecnologia agrícola canadense Agrisoma Biosciences.

O novo combustível pode levar, de acordo com a aérea, a uma redução de até 80% das emissões de carbono em comparação com o combustível atual utilizado para jatos comerciais e baseado no petróleo.

COMBUSTÍVEL RENOVÁVEL
Além do voo inaugural com o novo combustível, Qantas e Agrisoma fecharam uma parceria que prevê também o plantio da semente na Austrália, com a primeira colheita esperada para 2020, quando deve ser transformada em biocombustível. Executivos de ambas comentaram o acordo, e além de celebrarem a redução das emissões, destacaram o fato do biocombustível baseado na Carinata ser renovável.


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