Movida

Henrique Santiago   |   29/12/2017 17:14

Desemprego tem leve queda de 0,6% em novembro

Índice de desemprego apresenta estabilidade em comparação com o trimestre anterior, aponta o IBGE

A taxa de desemprego no Brasil fechou o trimestre encerrado em novembro em 12%, uma retração de 0,6 ponto percentual em relação ao trimestre anterior. Na comparação com o mesmo trimestre do ano passado, quando a taxa foi estimada em 11,9%, o quadro foi de estabilidade.

Os dados fazem parte da Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) divulgada hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística o IBGE. Segundo a publicação, de setembro a em novembro a população desocupada do país era de 12,6 milhões, registrando queda de 4,1% em relação ao trimestre anterior - menos 543 mil pessoas desempregadas

Em comparação com o mesmo trimestre do ano passado, quando havia 12,1 milhões de desocupados, houve alta no desemprego de 3,6% (mais 439 mil de pessoas).

A PNAD Contínua mostra que, no trimestre encerrado em novembro, a população ocupada era de 91,9 milhões, tendo crescido 1% em relação ao trimestre anterior – o equivalente a mais 887 mil pessoas empregadas.

Em relação ao mesmo trimestre do ano anterior, quando a população ocupada era de 90,2 milhões de pessoas, o crescimento foi de 1,9% ou 1,7 milhão de pessoas a mais.

INFORMALIDADE E COMÉRCIO

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carteira de trabalho
carteira de trabalho

O trabalho informal continuou contribuindo para a manutenção da tendência de alta do emprego que vem sendo registrada nos últimos meses. Outro aliado é o número de postos de trabalho gerados pela sazonalidade do comércio decorrente das festas de final de ano, que voltou a contribuir para a queda no desemprego no trimestre em questão.

Em consequência, o número de trabalhadores com carteira assinada caiu 2,5% no trimestre encerrado em novembro, comparativamente ao mesmo trimestre do ano passado (menos 857 mil pessoas com carteira assinada), embora tenha ficado estável em confronto como trimestre imediatamente anterior (julho, agosto e setembro).

O número de empregados no setor privado sem carteira assinada cresceu 6,9% do trimestre encerrado em setembro para novembro – mais 718 mil pessoas. Já os que trabalhavam por conta própria também tiveram alta (5%), enquanto os trabalhadores domésticos cresceram 4,1% em relação ao ano passado.

A variação positiva de 0,1 ponto percentual do desemprego em relação ao mesmo trimestre do ano passado indica que há, por enquanto, apenas uma queda no ritmo de crescimento verificado nos meses anteriores. A desaceleração da taxa pode ser percebida pela evolução entre os trimestres fechados em novembro de 2016 (11,9%) e 2015 (9%), quando a diferença entre os resultados foi de 2,9 ponto percentual.

CARTEIRA ASSINADA
O País fechou o trimestre finalizado em novembro último com 33,2 milhões de empregados com carteira de trabalho assinada, número que indica estabilidade frente ao trimestre anterior (junho a agosto de 2017). Na confrontação com o mesmo trimestre do ano passado, significa uma queda de 2,5% - menos 857 mil trabalhadores com carteira assinada.

Por outro lado, o número de empregados sem carteira de trabalho assinada cresceu 3,8%, entre o trimestre encerrado em setembro e o encerrado em novembro deste ano – mais 411 mil pessoas na informalidade. Em relação ao mesmo trimestre do ano passado este crescimento chegou a 6,9% - mais 718 mil pessoas.

Os trabalhadores por conta própria fecharam novembro em 23 milhões de pessoas, ficando estável na comparação com o trimestre anterior, mas crescendo 5% em relação ao mesmo período do ano passado - mais 1,1 milhão de pessoas.

RENDIMENTO MÉDIO
Os dados indicam que o rendimento médio real habitual do trabalhador brasileiro ficou praticamente estável, em R$ 2.142. No trimestre anterior era de R$ 2.122.

Em relação ao trimestre de junho a agosto de 2017, o rendimento médio real habitual cresceu apenas na categoria de informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas, mais 4% - o equivalente a R$ 121. Os demais grupamentos não apresentaram variação significativa.

Na comparação com o trimestre de setembro a novembro do ano passado houve aumento apenas na categoria de Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura, mais 4,8%, o equivalente a R$ 56).


*Fonte: Agência Brasil

conteúdo original: http://bit.ly/2C5YU1w

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