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Brunna Castro   |   22/09/2017 12:05

Air Tkt entra com ação judicial contra empresas de cartão

A Associação Brasileira dos Consolidadores de Passagens Aéreas e Serviços de Viagens (Air Tkt) entrou ontem (21) com uma medida judicial no Tribunal de Justiça de São Paulo contra as empresas de cartão de crédito Visa, Mastercard e American Ex

A Associação Brasileira dos Consolidadores de Passagens Aéreas e Serviços de Viagens (Air Tkt) entrou ontem (21) com uma medida judicial no Tribunal de Justiça de São Paulo contra as empresas de cartão de crédito Visa, Mastercard e American Express. A ação tem como objetivo exigir que tais empresas assumam a responsabilidade pelos prejuízos gerados por compras de serviços de viagem feitas com cartões fraudados.
Divulgação
Ralf Aasmann, diretor executivo da Air Tkt
Ralf Aasmann, diretor executivo da Air Tkt

De acordo com o diretor executivo da Air Tkt, Ralf Aasmann, a quantidade de fraudes, tanto em meios eletrônicos como em documentos que chegam às agências de viagens, tem crescido, o que chamou a atenção da associação. Segundo ele, mais de R$ 200 milhões foram perdidos no mercado de Turismo em 2016 por conta de fraudes em cartões de crédito.

Dessa forma, a medida judicial questiona "o direito da transferência do risco/responsabilidade para terceiros" – que, no caso, são as empresas do mercado turístico, hoje responsáveis pelo prejuízo em casos de fraude. "Com o desenvolvimento dessa ação, é possível que algo semelhante ocorra também fora do Turismo, uma vez que é uma questão que afeta o comércio em geral", explica Aasmann em entrevista ao Portal PANROTAS.

"Basicamente, estamos pedindo que essas empresas nos digam o que devemos fazer. Não temos nada contra os cartões de crédito, mas é preciso que eles nos digam como podemos tornar as transações mais seguras", aponta o diretor executivo. Assim sendo, a intenção da Air Tkt não é de pedir reembolso. "Questionamos o direito, tanto que o valor da ação é simbólico", ressalta.

MAIS SEGURANÇA
Uma das soluções para a questão, segundo Aasmann, é que as empresas de cartão de crédito desenvolvam ferramentas mais seguras para evitar as fraudes, sobretudo nas transações on-line. O número do cartão, data de validade e código de segurança, para o diretor executivo, já não garantem segurança. "É preciso conciliar mais informações", sugere.

PRÓXIMOS PASSOS
Segundo Aasmann, a medida não conta com pedido liminar e acontecerá como um processo normal. "Ainda não sabemos ao certo o que vai acontecer. Talvez tenhamos uma conversa com a associação dos cartões de crédito, a questão pode acabar envolvendo os bancos... Não sabemos até onde isso vai", diz ele.

O diretor executivo da Air Tkt aponta ainda que já recebeu manifestações de apoio vindas de outros envolvidos no Turismo, "inclusive de empresas aéreas". A ação, no entanto, foi aberta somente pela associação, com uma aprovação em unanimidade.

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