Colaborador   |   30/08/2017 13:55

Futuro de cruzeiros é tema de seminário em Brasília

Na pauta, as oportunidades de crescimento do setor de cruzeiros no Brasil, que registrou queda nos últimos anos

Antonio Maciel, Especial para o Portal PANROTAS

BRASÍLIA - A capital federal está sediando, durante toda esta quarta-feira, o seminário “Cruzeiros Marítimos: o momento é esse”, realizado pela Clia Brasil (Associação Brasileira de Cruzeiros Marítimos). Na pauta, as oportunidades de crescimento do setor de cruzeiros no Brasil, que registrou queda nos últimos anos e, na temporada 2017/2018, terá apenas sete navios, como comentou o ministro do Turismo, Marx Beltrão, presente no evento.

Antônio Maciel
O ministro do Turismo Marx Beltrão citou medidas tomadas pelo governo que deverão beneficiar o setor de cruzeiros
O ministro do Turismo Marx Beltrão citou medidas tomadas pelo governo que deverão beneficiar o setor de cruzeiros

Para o presidente executivo da Clia Brasil, Marco Ferraz, voltar a crescer demanda mais projetos e investimentos em infraestrutura, além de adequações envolvendo custos, regulação e tributos. Ele também citou a necessidade de investimentos para que a vasta faixa litorânea do Brasil e seus portos sejam utilizados ao máximo, fomentando novos destinos. “O objetivo do evento é criar este ambiente favorável de discussões no qual agentes governamentais, empresários e especialistas discutem sobre experiências, desafios e oportunidades do setor de cruzeiros no país”, afirmou.

Em sua fala, Beltrão afirmou que há um esforço da gestão em diminuir a burocracia, classificada com um dos grandes entraves para o desenvolvimento do turismo no país. “E necessário vontade política e determinação. Sair da frente dos empresários para que o setor volte a crescer. Estamos correndo atrás dos prejuízos da falta de planejamento do passado”, justificou.

Ainda segundo Beltrão, o plano Brasil Mais Turismo, lançado em abril, a Lei da Migração, que definiu que os navios de cruzeiros que circulam pelo Brasil não precisarão mais de vistos para exercer a sua atividade, os esforços para modernizar a Embratur e a abertura de mercado para companhias aéreas são algumas das medidas da pasta para poder incrementar o setor.

NA CONTRAMÃO DO MUNDO
“A queda de mais de 50% no número de navios e cruzeiristas, nos últimos seis anos, vai no sentido contrário do que acontece no mundo”, reforçou o presidente do Conselho da Clia Brasil, Rene Hermann. Segundo ele, o cenário internacional é de crescimento consolidado na casa de 4% ao ano, com novos destinos, muitos navios encomendados e reformados, investimentos transformadores que atraem todas as gerações. Serão mais de 25 milhões de cruzeiristas em todo o mundo em 2017.

Antônio Maciel
Seminário ocorre até o fim do dia em Brasília
Seminário ocorre até o fim do dia em Brasília

Ainda de acordo com o presidente do Conselho, mesmo assim, nas três últimas temporadas, o setor de cruzeiros marítimos injetou mais de R$ 6,39 bilhões na economia brasileira e transportou 1,69 milhão de passageiros. “Os destinos que recebem navios são beneficiados em diferentes aspectos com o aumento do fluxo de turistas nas cidades, o que movimenta o comércio, gera empregos e divisas”.

O evento de hoje conta com cinco painéis com temas como indústria de cruzeiros no mundo, regulação, infraestrutura portuária, terminais de passageiros, trabalho à bordo e destinos.

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