Luiza Gil   |   19/11/2015 09:50

Celebre e conheça a cultura afro no feriado em SP

Roteiro com os pontos em São Paulo que são voltados à preservação da cultura negra

O feriado nacional do Dia da Consciência Negra foi escolhido para ser comemorado no dia 20 de novembro em referência à morte de Zumbi dos Palmares, um dos maiores líderes de escravos do Brasil. Como todos sabemos, o povo brasileiro é formado por uma grande mistura de raças e cerca de 50% da população é composta de afrodescendentes. Pensando nisso, uma das formas de homenagear e agradecer essa rica cultura que ajudou a consolidar a nossa, nada melhor do que conhecer um pouco mais sobre os hábitos, costumes, culinária, crenças desse povo. Confira alguns dos pontos em São Paulo que são voltados à preservação da cultura negra, apontados pela SP Turis.

CASA DAS ÁFRICAS
A Casa das Áfricas, na Vila Madalena, tem como objetivo ajudar na produção e difusão de conhecimentos a respeito das sociedades africanas, além de um melhor contato entre instituições e pesquisadores que tenham como foco de trabalho a África. Mas, além desse trabalho, o espaço também oferece para o público em geral uma exposição permanente, com objetos, artefatos e tecidos tradicionais africanos.

CENTRO CULTURAL AFRICANO
Fundado em 1999, o Centro Cultural Africano (CCA) tem como objetivo manter viva as tradições africanas e afrodescendentes, ajudando no desenvolvimento do patrimônio material, imaterial e oral, além de fortalecer a autoestima, solidariedade, a ética e o talento. Instalado na Barra Funda, o CCA abre um espaço de conhecimento e integração entre a cultura africana e a comunidade local, escolas, pesquisadores e visitantes.

CENTRO CULTURAL CANDOMBLÉ
Uma das religiões de matriz africana mais praticadas, o Candomblé possui mais de três milhões de seguidores em todo o mundo, principalmente no Brasil. Na capital paulista, o Centro Cultural do Candomblé proporciona uma melhor compreensão da religião, doutrinas e rituais. O local oferece um salão principal decorado com pintura dos orixás, exposições de arte – esculturas, telas, vestimentas –, além de palestras e festas, sala de jogo de búzios, cozinha para a preparação de comidas típicas, fonte de Oxum, corredor e jardim dos orixás.

IGREJA NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO DOS HOMENS PRETOS
Um dos mais importantes templos religiosos do centro paulistano, a igreja foi consagrada em 1906 no Largo do Paissandu e até hoje os trabalhos são conduzidos pela Irmandade de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos, que há mais de 300 anos luta pela preservação e resgate da cultura e dos direitos dos negros. Em 1995, foi instalada ao lado da igreja a estátua da Mãe Preta, uma referência às Amas de Leite. A cada dois meses é realizada uma missa afro na qual são feitas oferendas com milho, batata doce, feijão, pipoca e os cânticos entoados ao som dos atabaques.

MUSEU AFRO BRASIL
Inaugurado em 2004, o Museu Afro Brasil tem a missão de promover o reconhecimento, a valorização e a preservação do patrimônio cultural africano e afro-brasileiro, e a sua presença na cultura e na sociedade, tendo como eixos a arte, a história e a memória. O acervo traz temas como a religião, o trabalho, a arte, a diáspora africana e a escravidão, registrando também a trajetória histórica e as influências africanas na construção da sociedade brasileira.

CENTRO DE CULTURA AFRO-BRASILEIRA ASÉ YLÊ DO HOZOOANE
A instituição é engajada na luta pela valorização da cultura afro-brasileira e pela promoção da diversidade cultural, proteção ao meio ambiente e melhoria da qualidade de vida da população. Para isso, há muitas festas, rituais e palestras, ensinando o respeito aos orixás, preservando as origens africanas na culinária e na cultura. Além disso, também capacita pessoas da comunidade em programas de geração de renda e estimula discussões relacionadas ao racismo. Localizado no Polo de Ecoturismo de São Paulo, é possível visitar o barracão onde acontece parte dos rituais religiosos ou se deliciar com a culinária, provando o vatapá e o caruru. Vale também conhecer o artesanato, as apresentações de samba de roda, de capoeira e do balé afro, o Mona Kavungo.

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