Janize Colaço   |   07/10/2016 14:01

Até Marte: Boeing e Space X miram no turismo espacial

Se no passado a Boing ajudou os Estados Unidos na corrida espacial, agora ela quer conquistar a própria vitória em uma disputa o com recém-chegado no segmento Elon Musk, na nova era de exploração e comércio espacial.

Reprodução / Space X

Se no passado a Boeing ajudou os Estados Unidos na corrida espacial, agora ela quer conquistar a própria vitória em uma disputa o com o magnata Elon Musk, na nova era de exploração e comércio espacial.

Já vislumbrando o futuro das viagens espaciais, com dezenas de destinos na órbita da Terra e aeronaves hipersônicas que transportarão passageiros de um continente ao outro em poucas horas, o CEO da Boeing, Dennis Muilenburg, afirmou que até mesmo o planeta Marte poderá ser um dos destinos a ser contemplado.

“Estou convencido de que a primeira pessoa a colocar os pés em Marte chegará lá em um foguete da Boeing”, afirmou Muilenburg no evento sobre inovação em Chicago.

BOEING VS SPACE X
A Boeing não é a única a ter o objetivo de investir no setor espacial comercial próximo da Terra. A Space X, do criador da Paypal, Elon Musk, deseja tornar voos espaciais mais rotineiros, desenvolvendo enquanto isso uma tecnologia para se aventurar muito além da Lua.

As duas empresas, aliás, também são as primeiras comerciais a serem selecionadas pela Nasa para transportar astronautas para a Estação Espacial Internacional. No entanto, ainda é cedo para saber quem terá o domínio no segmento, ou se permaneceram dividindo o espaço.

TRANSPORTE A MARTE
Ainda na semana passada, Musk divulgou a nova nave da Space X, que deverá ser capaz de transportar 100 passageiros a Marte, como a mesma comodidade e regalias que um navio de cruzeiro proporcionaria.

“O objetivo da Space X, na verdade, é construir um sistema de transporte”, destacou Musk em uma conferência espacial, e aproveitou para noticiar o roteiro de viagem a Marte ao mercado de massa com passagens que um dia custariam cerca de US$ 100 mil – o que, para muitos especialistas, é um preço consideravelmente baixo.

No entanto, a Boeing não aparenta não estar intimidada pela rival. Sendo a responsável pela construção do primeiro estágio da Saturn V, o foguete mais poderoso já construído pelos EUA, que levou o homem à Lua, a empresa acredita que o turismo espacial é uma realidade bastante próxima.


“Esse novo mercado se desenvolverá nas próximas duas décadas e se converterá em um mercado comercial viável”, assegurou Muilenburg. Dezenas de hotéis poderiam se somar à Estação Espacial Internacional na baixa órbita terrestre, além de empresas com empreendimentos em manufatura e pesquisa em condições de microgravidade, observou.

Muilenburg ainda afirmou que a Boeing produzirá naves espaciais para a nova era de turistas. Além disso, ele enxerga potencial para aeronaves hipersônicas, que viajariam a uma velocidade três vezes superior à do som.


*Fonte: Bloomberg e Business Insider

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