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Marcos Martins   |   10/10/2017 15:19

IGLTA posiciona Japão como novo destino LGBTQ

País asiático reúne atividades culturais e vida noturna vibrante


Marcos Martins
John Tanzella, presidente e CEO da IGLTA, em exposição
John Tanzella, presidente e CEO da IGLTA, em exposição
Na manhã de hoje a Associação Internacional de Turismo LGBT (IGLTA) promoveu um encontro na Japan House, em São Paulo, para falar sobre os atrativos do Japão, que foi definido como novo destino para o público gay. No evento, que teve como patrocinadores a Air Canada e TGK Travel, o presidente e CEO da IGLTA, John Tanzella, agradeceu aos parceiros e reforçou a necessidade de investimentos nesse nicho, alertando para a rotatividade. “O Brasil é um mercado muito interessante, assim como o Japão, mas as preferências desse público mudam constantemente”, afirma o executivo.

Tanzella explica também que o segredo é apostar em atividades fora do comum para atrair uma fatia significativa do nicho. “Os turistas estão viajando para destinos que ofereçam diferentes lugares e experiências únicas. Da mesma maneira que os heterossexuais, o público gay curte explorar os pontos turísticos, gastronomia, cultura local e vida noturna do destino, algo que o Japão tem de sobra”, completa.

PACOTES LGBTQ+
A TGK Travel, especializada em Ásia, apresentou os seus principais produtos de Japão, tendo como carro-chefe a cidade de Tóquio, e uma ação de marketing inédita: a operadora criou o selo Pride, para identificar os pacotes que são compatíveis com essa filosofia, e uma landing page que apresenta roteiros intitulados LGBT Tips.

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Juliano Ferrari, da TGK, apresenta roteiros do Japão
Juliano Ferrari, da TGK, apresenta roteiros do Japão
Nessa plataforma, a operadora divulga mais de 25 pacotes e destinos, divididos nas categorias: viagens em grupo, aventura e natureza, praias, cultura e gastronomia, casamento e lua-de-mel, cruzeiros e trens. Nenhum dos roteiros foi criado especificamente para o público gay porque a proposta da empresa é "abraçar a todos”, sem esquecer o cuidado ao lidar com regiões mais restritas devido às religiões e políticas desfavoráveis.

A operadora criou perfis segmentados em redes sociais (Instagram e Facebook) e no portal da IGLTA, realizando envios de campanha para um mailing específico e divulgação de material impresso e digital.

“É necessário autenticidade ao inserir o gay, a lésbica ou transexual dentro do destino e da comunicação, além de engajamento. Não adianta oferecer um produto sem, internamente, acolher esse tipo de pessoa e promover o respeito e a igualdade”, afirma o sênior designer e responsável pelo Marketing LGBTQ+ da operadora, Juliano Ferrari. “Tudo começa de dentro para fora e foi isso que realizamos dentro da TGK”, reforça.

CONEXÃO NO CANADÁ
A representante comercial da Air Canada no Brasil, Sandra Passeto, apresentou opções de trechos para o turista nacional que viaja ao país asiático. “A companhia oferece tarifas competitivas e voamos para os aeroportos de Narita e Haneda, em Tóquio, fora Nagoio e Osaka. Normalmente as tarifas para o Japão permitem um stop free no Canadá, o que possibilita ao passageiro conhecer dois países, em uma só viagem”, explica.

Além disso, Sandra aproveitou o encontro para destacar o sucesso de ocupação nos itinerários. “O público brasileiro tem importância total para a Air Canada e estamos com uma ocupação de 96% em todos os nossos voos. O dólar canadense ajudou muito por ser 30% mais barato que o americano e, também, a chegada do Electronic Travel Authorization (ETA) facilitou a entrada de turistas”, finaliza.

Em paralelo com a companhia aérea, a IGLTA prometeu auxílio aos profissionais do Turismo que participarão da sua 35ª Convenção Anual Global, que acontecerá de 9 a 12 de maio de 2018 em Toronto.

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