Henrique Santiago   |   26/09/2017 20:13

A volta da Abav itinerante divide presidentes; veja opiniões

Presidentes das Abavs estaduais compartilham o que pensam sobre a volta da feira itinerante.

A Abav itinerante, que percorreu por anos o Brasil como a “Feira das Américas”, voltou a ser discutida nos escalões mais altos da entidade. Durante a reunião anual do conselho, em São Paulo, que precede a abertura da feira, um assunto que tem repercutido entre os presidentes regionais é a volta desse modelo nos próximos anos.

Um defensor assumido do evento em diferentes cidades é o presidente da Abav-CE, Colombo Cialdini. Segundo ele, a cidade de São Paulo, que recebeu as últimas edições no Anhembi e Expo Center Norte, é um destino indiscutível para a Abav Expo, mas é necessário dar chance a outras capitais.

Jhonatan Soares
Colombo Cialdini é o presidente da Abav-CE
Colombo Cialdini é o presidente da Abav-CE
O recém-anunciado hub da Air France-KLM em Fortaleza, e a ampliação da malha aérea de voos por parte da Tap, Latam, Avianca, Condor e Gol é apenas um dos itens que coloca a capital cearense à frente de competentes no Nordeste e Nordeste, na visão do dirigente. “Além da competitividade aérea, temos o centro de convenções mais moderno [o CEC] do Brasil. Temos uma posição geográfica interessante, estamos próximos da Europa também”, declarou Cialdini.

Já o nome máximo da Abav-PB, o presidente Bruno Mesquita, descarta a possibilidade, sobretudo na capital paraibana, João Pessoa, pela falta de voos internacionais e o baixo número de quartos oferecidos. Ele considera Rio de Janeiro, Paraná, Ceará, Pernambuco e Bahia como destinos prontos para receberem a feira, mas não vê essa probabilidade no curto prazo.

“Não é fácil realizar um evento desse porte em outra cidade. É preciso ter apoio dos governos, de entidades locais. Essa Abav itinerante é um tanto saudosista, na minha opinião. Eu apoio a continuação em São Paulo”, afirmou.

Quem também compartilha a mesma ideia de Mesquita é Eduardo Loch, que preside a Abav-SC e também é secretário adjunto de Turismo, Tecnologia e Desenvolvimento Econômico de Florianópolis. Para ele, a capital catarinense não tem infraestrutura para comportar um evento do porte da Abav Nacional, que terá este ano 25 mil metros quadrados em dois pavilhões. A cidade mais indicada seria Balneário Camboriú porque vai inaugurar, ainda sem data, um centro de convenções nos próximos meses.

Jhonatan Soares
Cristina e o presidente da Abav, Edmar Bull
Cristina e o presidente da Abav, Edmar Bull
A presidente da Abav-RJ, Cristina Fritsch, é uma das defensoras da volta da feira itinerante. Por anos o Riocentro foi a casa do encontro da associação e a mandatária aposta no retorno para o espaço, mesmo com os problemas de segurança enfrentados pelo Rio de Janeiro. Para ela, a cidade é a mais bem preparada do Brasil para qualquer tipo de evento.

“O Rio está nas atenções de quem é do Exterior quando se fala do Brasil. Nós temos carnaval, réveillon, o Rock in Rio. Sabemos organizar eventos. Não existe melhor espaço que o Riocentro no País. E a Barra da Tijuca tem uma ampla oferta hoteleira e transporte de qualidade, como metrô e a integração com o BRT”, finalizou.

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